REFLEXÃO
Dizemos que o inferno está algures muito longe de nós; estamos completamente enganados, o inferno está mesmo debaixo dos nossos olhos, na mente de cada um de nós, que fazemos parte desta imensa sociedade humana; a terra onde vivemos faz parte de uma galáxia e esta está no céu, logo nós também estamos, portanto, o inferno não está longe do céu, está mesmo entre nós, na nossa Terra que nos suporta mas, dizemos sempre que o inferno está algures muito longe no céu, onde pensamos que existe o bem e o mal, Deus e o diabo que, é a mesma coisa que o bem e o mal.
O que nós queríamos é que o inferno estivesse muito longe de nós, assim como o céu e que só quando findamos as nossas etapas da vida é que os maus vão para o inferno e os bons para o céu, e assim, vamos alimentando esta nossa ilusão, pelo menos no conceito de certas doutrinas.
Quem faz o céu e o inferno são os seres humanos, com as suas maldades ou com a sua felicidade, por isso, nós todos é que somos os autores do céu e do inferno com as nossa atitudes; o céu também está perto, mesmo junto a nós e não lhe seguimos a paz que dizem que ele tem mas, na nossa mente, continuamos a pensar que o bem e o mal estão muito longe, algures no céu que representa o céu e o inferno.
A mente humana é prodigiosa em imaginar coisas, tanto para o bem como para o mal, ela é um poço de virtudes e de maldades; vale a pena imaginar uma coisa para o mal, se ele contribui para a nossa própria destruição? Claro que não mas, a sociedade humana não pensa assim, o que é preciso é que na sua casa esteja tudo bem , portanto somos egoístas e individualistas.
O lugar onde vivemos que é este planeta imenso, é aqui que o homem faz o seu céu e o seu inferno, pensando sempre em atirar este último para o seu vizinho, no entanto esquece que, mais tarde ou mais cedo, ele regressará à sua própria casa. Mesmo assim, o homem não aprende e continua a construir o inferno, em troca de mais poder e mais dinheiro mas, engana - se que esse poder e esse dinheiro, não os leva para a sua última viagem, para o céu ou para o inferno, fica para outros que lhe hão de continuar o mesmo caminho. A sua ambição natural continua a querer sempre mais poder e mais dinheiro mesmo que já esteja moribundo.
O homem é muito inteligente mas, também é muito estúpido e por isso tira - lhe o mérito de ser filho de Deus, porque Ele, com certeza, como Ser imaginário ou não, dono supremo do bem, já se deve ter arrependido de ter criado estes filhos à sua imagem ou semelhança, porque eles desvirtuaram completamente o conceito de ser humano; se Deus representa o bem e o diabo o mal, mais de metade dos homens devem ser filhos do diabo, porque são fabricantes do mal e, a sua mente, deve estar permanentemente em labaredas de inferno, sempre prontas para destruir os fabricantes do bem, no entanto, estou convencido que, constroem o mal na sua mente que pare eles representa o bem, portanto, o mal de uns é o bem de outros e vice versa.
A mente humana é muito prodigiosa mas, muito complicada e quando constrói o mal, pensando que é o bem, deve sofrer de alguma disfunção, ou a sua programação ou formação social que aprende com os agentes naturais, tem algum curto circuito que o leva a não distinguir o bem do mal.
Os homens não se conhecem uns aos outros e por isso mesmo fazem julgamentos errados e precipitados, pensando que se conhecem pela aparência, portanto, a sua mente não é tão prodigiosa como se julga; eles convivem uns com os outros durante uma vida inteira mas, nunca se chegam a conhecer e é por isso que, os grande amigos se tornam inimigos e estes
O homem não aprende, nem nunca aprenderá que a sua vida é efémera e porá sempre acima dela o seu poder e o seu dinheiro para que, mesmo que lhe custe a vida, ter o prazer de destruir o seu semelhante e assim, morre realizado fazendo o mal; felizmente que nem todos os homens constroem o mal e os que constroem o bem, farão sempre o possível para que o mal morra, o que é uma luta inglória da parte destes, porque nunca acontecerá, porque estão condenados a viverem em conjunto, enquanto o homem viver.
O homem, enquanto viver terá sempre consigo, o malefício da guerra, por causa do poder e do dinheiro e se a sua alma viver depois dele, terá com certeza um lugar cativo no inferno que ele construiu e nunca mais se separará dele enquanto não mudar de mentalidade para melhor.
Se eu tivesse asas poderosas com capacidade de voar, há muito que teria deixado a Terra e iria procurar no universo um lugar onde não houvesse guerras, nem ódios mas, porque tenho avidez de paz e só voltaria à Terra, quando tivesse a certeza que na mente dos homens apenas existisse o amor.
No presente momento a vida dos seres humanos degradada - se moralmente, desconfiamos todos uns dos outros e a nossa convivência em sociedade será cada vez mais complicada, porque cada indivíduo até de si próprio desconfia; a violência instalou - se e está para durar. A tendência é para vivermos nas nossas tocas, convivendo o menos possível uns com os outros mas, tem o seu lado negativo, porque se nos isolamos somos mais vulneráveis e o nosso conhecimento e a maneira de ser dos outros, vai sendo reduzida e nessa altura, não sabemos defender - nos, porque não conhecemos as manhas dos outros.
Por isso, arrependo - me já não quero ter asas para voar, basta - me sonhar para fazê lo e por isso, quero continuar a viver na Terra e aprender a conhecer cada vez melhor o meu semelhante e poder defender os mais vulneráveis e a minha mente ficará mais tranquila, embora tendo sempre uma ponta de inquietude, ajudar a construir o bem e poder fazer a guerra sem armas nem vítimas para destruir o mal e dar a conhecer aos construtores deste que estão errados e não compensa e que o mal é o pior caminho para a humanidade; o homem não aprende e continuará sempre a construir o mal e o bem, alegando que um não existe sem o outro mas, cuidado, muito cuidado com os faróis falsos da vida, porque nos podem indicar uma rota que não queremos seguir.
ESTÊVÃO
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