Sinestesia

Sinestesia.
Sente (e) anestesia.
Silêncio eloquente.
Virtude dormitiva difundida em prismas.
Esboço terrestre do Éden.
À Arcádia a qual se poetisa;
personificada por impulsos telúricos.
Conexões neurais.
(Ab)sinto.
Abre e sinto...
Gosto de enzimas
escorrendo pela língua.
Fumaça líquida.
Papilas gustativas.
No Ártico, fabricam
fogo criogenizado.
É tão lindo,
quanto um Zeus obsoleto,
reivindicando seus direitos
no Olimpo.
Inaceitável, tal como
ser superado pelo discípulo.
Só movem o rei,
quando os peões
estão sucumbindo.

Colonização.
Ledo engano.
Coloniza à ação.

Quando fé e estelionato
passam a ter a mesma conotação.
Antes que os anticorpos
formassem um grupo reacionário.
Antes que os glóbulos brancos
aceitassem o plebiscito binário.
Antes do palato ter contato imediato
com estrelas derretidas.
Desenfreio hormonal.
Reações químicas.
Átomos desintegrados.
Decreto de partículas.
Secreções longínquas.
Um câncer com gengivas,
é quando vampiro e mioma
passam ser a mesma persona.
Orbitas abandonadas.
Moléculas desestruturadas explícitas.
Faz dos cabelos,
fios condutores de pensamentos.
Belas ideias transformam corações
em onomatopeias.
Coito.
Corpos evaporam em slow-motion.
Apoteótico.
Hipoteca o ódio
escavando a epiderme.
E se perde...
Na redoma interna.
Se apega ao retinir de pernas.
Goza e erra.
Desanca em tantra...
Êxtase refratário.
Distúrbio psicossomático.
Não há elipse para a sintética fotossíntese.
Enigmático.
De tanto ser, se mistifica.
Pois, só sendo se é, metafísica.

Bruno Sanctus.

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Tuesday, June 25, 2013 - 00:52

Poesia :

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Bruno Sanctus

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Maria Letra's picture

Sinestesia

Fabuloso este poema! Parabéns, Bruno Sanctus,

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...

Obrigado, Maria Letra. É muito gratificante sua visita e apreço.

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