As crónicas do fígado
Os anos me esgotaram
Foram sonhos que se diluíram
Em efémeras noites de prazer
Loucos e depravados ápices
De quem se embebeu da vida
E a esgotou num só luar
De que valeu tanto fervor
Se hoje sofres a dor
De um ser abusador
Agora olha para o meu fado
Triste e dilacerado
Carcomido e ensanguentado
Carradas de prazer entulhado
Sobre mim farto e inchado
Com um grito nunca escutado
Consegues te ver?
Pois o que hoje sou és tu
E a tua ganância de viver
Agora aguenta-te e fica a saber
Este Mundo não fecha os olhos
E cada minuto é sempre a doer
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Saturday, August 22, 2009 - 16:30
Poesia :
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Comments
Re: As crónicas do fígado
Triste tua crônica, sorte que tudo um dia se cura e se sabe hoje que o figado regenera.
Brindo a tua crônica, pois é um alerta.
:pint:
Re: As crónicas do fígado
Absorver, mas fazer uma selecção do que se pode e não pode, é por vezes difícil.
Há prazeres....
Beijos e bons fluidos daqui
Dolores
Re: As crónicas do fígado
jopeman,
A embriaguéz é bem vinda, mas podemos sentir pelos excessos, assim vivemos o seu lado bom e pagamos por tal sentimento, podemos nos embriagar por tudo, principalmente pela ganânicia de viver. Mas vale viver intensamente, mesmo se estivéssemos dançando a beira do abismo.
Muito bom!
Alcantra
Re: As crónicas do fígado
Resta-me apenas brindar a tua bela reflexão :pint:
Bjs
Re: As crónicas do fígado
o reflexo acima do reflexo, excelente poesia, uma bela cronica tambem. gostei imenso. aquele abraço
Re: As crónicas do fígado
Olá Jopeman,
bom poema, boa reflexão!
com os erros também se aprende!
Gosto muito de ler-te!
beijo
breizh
Re: As crónicas do fígado
E quando fígado se revolta... ;-)
Gostei deste poema, desta reflexão de estilos de vida.
A tua forma directa de falar/escrever agrada-me muito.
Bjs
Re: As crónicas do fígado
Me lembrei do poema das tinturas de cabelo, quase parei de pintar, nesse paro de beber!!!!
Adoro te ler, essa habilidade de poetar o impoetável, é muito própria tua.
Parabéns.
Abraço enorme!!!!!
Re: As crónicas do fígado
Bonita reflexão é a tua nesse orgão tão poderoso que nos mantém vivos a todos...o fígado.
Parabéns pelo teu poema.
A poesia não é só delirar pelo amor impossível...há coisas tão tocáveis ou mais do que a dor do sujeito poético pelo seu amado(a).
Um abraço :-)
Re: As crónicas do fígado
Olá Jopeman.
É um prazer reler-te.
Boa a tua poesia.
É a vida...mais tarde ou mais cedo pagaremos por tudo aquilo que fizemos, mas sabes, prefiro morrer de cirose a passar par cá vegentando... lololo
Abraço.
Marco Dias