Venho de uma pequena ciência,
Ao pousar do vento Anabático
Despenha-se-me o pensamento,
A lógica, o valor e o significado são
Insónia de semi-acordado ou de lastro,
Em enseada pacífica e repousada,
Venho de uma pequena ciência,
Em que os dias são todos habituais,
Cá fora formam-se grandes coisas
Ao abrigo da conspiração dos hábitos,
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida sou pequeno, estranho
É tudo em mim, assim a noite escura e a meia
Altura de tamanho e peso, quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
Num armário de veludo preto, a sós comigo,
Mais nada, venho de uma ciência pequena,
Quanto o hálito que inspiro, inútil paira
Em torno de mim como uma serpente alada,
Singela parda, cinge-se-me ao rosto,
Perturba-me a alma desde a infância,
Cola-se-me aos ouvidos e olhos, como
Pragana ou na cadência das escamas,
Ninguém deveria possuir desta forma,
Sonhos que se colam ao canto dos olhos
E na boca imposta, repetidores de poentes,
Engenharia de um falso “Demogorgon”
Dos sentidos, sem existência real, nem
Substancia lendária, apenas a indiferença
De um Anabático vento, sem fôlego…
Jorge Santos 09/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 3493 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Lembranças | Versus de Montanya Mayor | 0 | 1.951 | 01/09/2011 - 21:20 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Nunca Mais | 0 | 1.194 | 01/09/2011 - 21:22 | Portuguese | |
Prosas/Mistério | O Chico Das Saias | 0 | 1.703 | 01/09/2011 - 21:26 | Portuguese | |
Poesia/General | desencantos | 0 | 1.122 | 01/12/2011 - 16:30 | Portuguese | |
Poesia/General | comun | 0 | 1.666 | 01/12/2011 - 16:34 | Portuguese | |
Poesia/General | estranho | 0 | 1.617 | 01/12/2011 - 16:36 | Portuguese | |
Poesia/General | Dispenso-a | 0 | 1.037 | 01/12/2011 - 16:38 | Portuguese | |
Poesia/General | o céu da boca | 0 | 1.027 | 01/12/2011 - 16:50 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 3.031 | 01/13/2011 - 00:58 | Portuguese | |
Poesia/General | O fim dos tempos | 0 | 1.514 | 01/13/2011 - 11:52 | Portuguese | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 1.733 | 01/13/2011 - 11:57 | Portuguese | |
Poesia/General | Oração a um Deus Anão | 0 | 2.642 | 01/13/2011 - 11:58 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Roxxanne | 0 | 2.030 | 01/13/2011 - 12:00 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 1.666 | 01/13/2011 - 12:01 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 2.865 | 01/13/2011 - 12:02 | Portuguese | |
Poesia/General | Não mudo | 0 | 1.436 | 01/13/2011 - 13:53 | Portuguese | |
Prosas/Others | Mad'in China | 0 | 1.633 | 11/07/2013 - 16:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Gosto de coisas, poucas | 0 | 1.439 | 01/28/2011 - 18:02 | Portuguese | |
Poesia/General | A raiz do nada | 0 | 974 | 02/03/2011 - 21:23 | Portuguese | |
Prosas/Others | GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus | 0 | 1.455 | 11/07/2013 - 16:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | gosto | 0 | 1.920 | 03/02/2011 - 16:29 | Portuguese | |
Poesia/General | ciclo encerrado | 0 | 1.643 | 03/11/2011 - 23:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Cada passo que dou | 0 | 391 | 11/24/2023 - 10:27 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Quem sou … | 0 | 356 | 11/24/2023 - 10:26 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ricardo Reis | 0 | 95 | 11/24/2023 - 10:24 | Portuguese |
Comments
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”