(Creio apenas no que sinto)

Apenas me sinto
Livre enquanto crítico
De mim próprio,
Como se fosse o destino

Outro, eu mesmo
Juiz sui generis e réu
Do foro privado,
Em guerra estranha

Com os sentidos d’outrem,
Socorro-me do falso
Ouro e do parecer
Mármore, ou paládio

Todo o meu esforço
De crustáceo bivalve
Vivo, bora cerceado
P’la casca à mostra,

Enterrado até ao centro
Do umbigo em estranha
Lama mole, frouxa
Pátria que me força

A ser “tal e tal” igual
Ao apelido ingénuo
Desenhado na calçada
Do terreiro do trigo

Seco, seguindo-o me
Segui, porta fora, corpo
Dentro Moniz Mártir ?
Nada me diz Martim,

Valha-me S. Jorge órfão
E uma multidão de seres,
Que não são realmente
Enteados Santos, meus

Aliados distintos, (creio
Apenas no que sinto) …

Jorge Santos (Março 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Friday, November 24, 2023 - 10:34

Ministério da Poesia :

No votes yet

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 1 week 5 days ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela

obrigado pela leitura e pela partilha

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/Dedicated Francisca 0 6.519 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism tudo e nada 0 4.328 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated Priscilla 0 4.941 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Asa calada 0 8.242 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism flores d'cardeais 0 4.608 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated Magdalena 0 4.931 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism peito Abeto 0 4.687 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism rapaz da tesoura 0 2.839 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Koras 0 6.830 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism escrever pressas 0 2.392 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism não tarde 0 3.932 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism fecha-me a sete chaves 0 2.287 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism inventar 0 5.994 11/19/2010 - 19:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated professas 0 3.955 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism amor sen'destino 0 7.948 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism andorinhão 0 6.018 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism sentir mais 0 4.016 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism palabras 0 7.365 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism A matilha 0 5.177 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism ao fim e ao cabo 0 2.858 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism o bosque encoberto 0 4.536 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism nem teu rubor quero 0 4.159 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism em nome d'Ele 0 5.195 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Troia 0 7.061 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism desabafo 0 6.865 11/19/2010 - 19:13 Portuguese