Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada
Meu sorriso esconde, em funda gruta,
onde não entra luz de madrugada
minhas pétalas de secas já caíram
minha aura não é mais imaculada
O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
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Tuesday, October 27, 2009 - 01:47
Poesia :
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Comments
Re: Alfinetadas
Um Poema muito bom amiga! Leste-me a alma? Parece ter sido escrito pelos meus dedos já mirrados da dor.
Beijo azul@
Re: Alfinetadas
"Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada"
Nanda muito bom este poema. Há doçura nas tuas palavras, mesmo falando sobre as agruras da vida
bjs
Matilde D'Ônix
Re: Alfinetadas
Olá Nanda!
Gosto muito da sua poesia...e deito-me nessa estrada replecta de méritos depressivos em que a esperança do ar que respiro é húmida e salgada...a poesia tem destas coisas:
"O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas"
Um bjo com carinho :-)
Re: Alfinetadas
Nanda!
Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada
LINDO, GOSTEI MUITO, NÃO DAS ALFINETADAS QUE DEVE DOER!
Meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Alfinetadas
Olá, Nanda.
Lindo poema!!!
Um lindo presente para nossa leitura!!!
Parabéns,
Um abraço,
REF
Re: Alfinetadas
Nanda,
Poesia forte! Sofrida, sentida! Dolorida...no entanto bela na forma como é lida...
Abraço
Re: Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
As dores permanecem, a cicatriz quando tocada se torna dolorida. Passemos então, toquemos a vida a espera de doces palavras. Lindo!