Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada
Meu sorriso esconde, em funda gruta,
onde não entra luz de madrugada
minhas pétalas de secas já caíram
minha aura não é mais imaculada
O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
Submited by
Tuesday, October 27, 2009 - 00:47
Poesia :
- Login to post comments
- 1224 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Nanda
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Mudei o destino | 4 | 1.220 | 11/11/2009 - 17:33 | Portuguese | |
Poesia/General | O Mundo dos sinais | 6 | 1.232 | 11/11/2009 - 09:13 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Sou Rocha Ígnea | 6 | 1.527 | 11/08/2009 - 23:04 | Portuguese | |
Poesia/Love | Barco à vela | 8 | 1.318 | 11/08/2009 - 17:26 | Portuguese | |
Poesia/General | Cascata de emoções | 8 | 1.585 | 11/07/2009 - 21:19 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | Sonho...ou Quimera? | 5 | 882 | 11/07/2009 - 21:18 | Portuguese | |
Poesia/General | Miríade de estrelas | 9 | 924 | 11/06/2009 - 19:43 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Ode à alegria | 6 | 1.004 | 11/06/2009 - 13:55 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Sou o desacerto | 7 | 629 | 11/04/2009 - 19:46 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Alma Insana | 8 | 1.587 | 11/04/2009 - 14:04 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Na barra do tempo | 7 | 1.049 | 11/04/2009 - 13:54 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Tributo a Bocage | 4 | 838 | 11/02/2009 - 12:38 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Falando sozinha | 6 | 928 | 11/01/2009 - 01:08 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Intróito | 5 | 1.651 | 10/31/2009 - 22:51 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dualidade | 9 | 1.292 | 10/30/2009 - 23:02 | Portuguese | |
Poesia/General | Tatoo | 6 | 1.147 | 10/28/2009 - 23:12 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Cabeça no ar | 10 | 955 | 10/27/2009 - 14:49 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Alfinetadas | 7 | 1.224 | 10/27/2009 - 11:30 | Portuguese | |
Poesia/General | No limiar do labirinto | 6 | 959 | 10/26/2009 - 20:17 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Obsoleto amor | 5 | 1.249 | 10/25/2009 - 20:48 | Portuguese |
Comments
Re: Alfinetadas
Um Poema muito bom amiga! Leste-me a alma? Parece ter sido escrito pelos meus dedos já mirrados da dor.
Beijo azul@
Re: Alfinetadas
"Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada"
Nanda muito bom este poema. Há doçura nas tuas palavras, mesmo falando sobre as agruras da vida
bjs
Matilde D'Ônix
Re: Alfinetadas
Olá Nanda!
Gosto muito da sua poesia...e deito-me nessa estrada replecta de méritos depressivos em que a esperança do ar que respiro é húmida e salgada...a poesia tem destas coisas:
"O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas"
Um bjo com carinho :-)
Re: Alfinetadas
Nanda!
Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada
LINDO, GOSTEI MUITO, NÃO DAS ALFINETADAS QUE DEVE DOER!
Meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Alfinetadas
Olá, Nanda.
Lindo poema!!!
Um lindo presente para nossa leitura!!!
Parabéns,
Um abraço,
REF
Re: Alfinetadas
Nanda,
Poesia forte! Sofrida, sentida! Dolorida...no entanto bela na forma como é lida...
Abraço
Re: Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
As dores permanecem, a cicatriz quando tocada se torna dolorida. Passemos então, toquemos a vida a espera de doces palavras. Lindo!