A sala de espera

Aguarda paciente a tua vez
No silêncio de olhares que se interrogam
Nos ruídos de passos que se cruzam

Ainda agora preparando-se para os exames
Relaxam o corpo na cadeira
Na interminável espera

João, Maria e a pequena Monalisa
O velho, a jovem mãe e a criança
Gerações na mesma engrenagem da vida

Nas mãos calejadas, espalmadas
Nas rugas, franze o fronte de dor e incerteza
No suór que escorre, no choro da inocente

És chamada, enfim, uma vez mais sofre
Nos aparelhos a invadir os labirintos do corpo
Na triste sina de ser paciente

O sofrimento parece uma reação em cadeia
No lar insalubre, desnutrição, tipicas da aldeia
Da pobreza, abandono a que está relegada nossa gente...

Ao médico cabe um difícil papel de bombeiro
No combate à febre, à dor, à diarréia, ao catarro
Mas, a saúde e a educação nunca foram prioridade neste país...

AjAraújo, o médico e poeta humanista, em um hospital público infantil em Outubro de 1979 (30 anos depois pouca coisa mudou ou nada).

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Thursday, December 31, 2009 - 22:52

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AjAraujo

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O sofrimento parece uma

O sofrimento parece uma reação em cadeia
No lar insalubre, desnutrição, tipicas da aldeia
Da pobreza, abandono a que está relegada nossa gente...

Ao médico cabe um difícil papel de bombeiro
No combate à febre, à dor, à diarréia, ao catarro
Mas, a saúde e a educação nunca foram prioridade neste país...

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Re: A sala de espera

LINDO POEMA REIVINDICATÓRIO!

QUE SEJAM ATENDIDAS TUAS RECLAMAÇÕES, QUE MELHORA O ATENDIMENTO MÉDICO JUNTO AS INSTITUIÇÕES!
feliz ano novo, feliz 2010!
Marne

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