Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
FISICALISMO – do alemão “PHYSIKALISMUS”. Esse termo foi criado por RUDOLF CARNAP (1891/1970 – Alemanha) que o colocou em sua obra “Conceituação Fisicalista” de 1926.
O Fisicalismo caiu nas graças dos filósofos que integraram o “Circulo de Viena (ver adendo)” e passou a ser a doutrina oficial daquele agrupamento de Sábios. Também conhecido como “Empirismo Lógico” ou “Neopositivismo”, o Fisicalismo tem como idéia central que a Linguagem da Fisica1 é um modelo que deve ser seguido pelas outras ciências Naturais ou Humanas, principalmente a Psicologia. Com isso criar-se-ia as condições para se chegar a uma Ciência Unifica.
Essa linguagem da Física (e das demais Ciências, se fosse implantada sua tese) reduz-se, ou é formada por frases (ou sentenças) protocolares (formais, convencionais, em conformidade com as regras ou protocolos) que descrevem com rigorosa exatidão os dados da Experiência imediata (ou recém concluída) e as posteriores Sentenças (ou frases) Lógicas que analisam aqueles dados e emitem os devidos Conceitos. Disso se deduz que a verificação que se pode fazer após uma EXPERIÊNCIA EMPÍRICA (aquela que consiste na percepção dos dados ou características do objeto estudado, através do que foi captado pelos Sentidos; ie. audição, visão, tato, olfato, paladar) e a LÓGICA FORMAL (o correto alinhamento de raciocínios que fornece uma explicação ou um Conceito verdadeiro) que se utiliza para analisar esses dados, são a base da Doutrina Fisicalista.
Note-se, portanto, que ela nada traz de novo e os epítetos de Empirismo*, Materialismo* e Positivismo* são apropriados. Porém, o fato de propor que essas formas de pensar fossem levadas às outras Ciências deu-lhe a devida importância no meio intelectual.
Prega a Doutrina que “uma das tarefas mais importantes, em relação à Lógica (o pensamento corretamente organizado) das Ciências”, será desenvolver as operações, ou os métodos que o Fisicalismo afirma, para uso das demais. Ou seja:
1. Indicar as Regras Sintáticas (ou as corretas normas de se escrever) para a inserção adequada dos diferentes conceitos biológicos, psicológicos, sociológicos etc. na Linguagem da Física, que para a Doutrina, repita-se, é a mais correta possível.
Essa análise dos Conceitos escritos em diversas linguagens (a linguagem da Psicologia, da Sociologia, da Química etc.), conduz à noção de uma Linguagem Geral ou Única que acabaria com a dispersão que reina nas Ciências e que dificulta o Entendimento e a Evolução humana.
Física – como Ciência do Mundo Natural, ou material, a física está ligada à Filosofia desde sua origem. Os “pré socráticos” já tentavam explicar o Mundo Material ou Concreto através da lei da Física chamada de “Causa e Efeito”, ou “Ação e Reação” e de outras mais. Tentaram, e em certa medida conseguiram (veja-se o exemplo de Demócrito e sua teoria atômica), dar uma explicação sobre os acontecimentos promovidos pela Natureza. Posteriormente, a física foi objeto de estudo de grandes pensadores, como Newton que legou ao Mundo suas famosas Leis. Outros, também contribuíram para a elucidação de antigos “mistérios”, do que resultaram os conceitos de Gravitação, de Inércia etc.
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