INDETECTÁVEL

É dos nomes mais discretos do cinema comercial de Hollywood, mas também dos mais regulares. Há quem olhe para ele como mero tarefeiro, à mercê dos grandes estúdios, mas os mais atentos percebem alguma coerência na carreira de Gregory Hoblit. É certo que o seu último filme, não é dos títulos mais sonantes do seu percurso, mas é exemplar no modo como segue um estilo comprometido com a eficácia de quem gosta de thrillers sofisticados.
(A Raiz do Medo), (A Queda), de excelência com Denzel Washington à luta com um estranho espírito, a elogiada aventura familiar de (Frequência) e um encontro à luz de um crime entre o prometedor Ryan Gosling e o veterano Anthony Hopkins em (Ruptura).
De novo um thriller, mas desta vez aproximado à problemática da tecnologia.
Este filme, não perde tempo a dizer ao que vem e desde logo se fica a saber que há quem dedique a vida a investigar crimes com origem na Internet, a testar as ameaças aos direitos de autor, a controlar tráfegos suspeitos. Porém, nada prepara para o que se vai assistir de seguida, um criminoso decide torturar as suas vítimas, associando a morte ao contabilizador de cliques de um determinado portal. Resultado, quantas mais pessoas estiverem a assistir ao crime, em directo e a partir do seu computador, mais rapidamente morre a vítima.

Em suma, uma ideia simples e eficaz, até porque a obra de Gregory Hoblit é para ser visionada por todos, numa lógica desenfreada que, neste caso, se aproxima em demasia de um mero episódio da saga (CSI), mas com uma duração superior.

A não perder para quem gosta deste estilo.

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Tuesday, February 23, 2010 - 18:22

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Henrique

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