Silentium - (Prosa Poética - Excerto)

" Calem-me as palavras!!! Já não sei como as escrever...
Desfaço a mente em cortes profundos, o meu coração ferve em esgotos imundos, corro pela negritude de uma noite em queda forjada, raspo até as letras dos pensamentos descoloridos e tudo para quê???
Penar nas insónias de noites de sonhos arrebentados e dançar a loucura que corrói a juventude sem saber qual o esqueleto em que a carne apodrecerá... A Vida mata-me e todas as gotas dos meus olhos são ecos sem sabor de outros mares que despejei...
A Soberba é apenas o cano de escape de uma suspeita desconcertada onde os trapos são as veias que levam o sangue turvado para sítios inusitados, preenchendo as brumas de rimas aterrorizadas com o manto de uma insípida altivez...
A minha procura é a farsa de uma inculta valsa onde as marionetas são os pedaços sonolentos das minhas memórias, umas desconcertadamente pálidas, outras inebriadas pelo fulgor de pérolas que desdizem a moldura que adorna o dia, a noite e toda a podridão que se fez e será feita...
Se as lágrimas são beijos a mim próprio, quem sabe quantas vezes me beijarei? "

Excerto de uma prosa poética pertencente a um meu livro ainda não publicado mas registado na SPA, "Fugas para uma alma atribulada", constituído por 60 textos do mesmo teor.

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Viernes, Abril 3, 2009 - 11:50

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Solitudinis

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Re: Silentium - (Prosa Poética - Excerto)

Calo-me!...

"data venia"
( com a devida vénia)...calo-me!

beijo

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Re: Silentium - (Prosa Poética - Excerto)

Penar nas insónias de noites de sonhos arrebentados e dançar a loucura que corrói a juventude sem saber qual o esqueleto em que a carne apodrecerá...

De 0 a 10, dou-te 8.
Aprecio esta forma de cuspir a revolta...

:-)

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Re: Silentium - (Prosa Poética - Excerto)

Agradeço o comentário e a pontuação ^-^ haha
O texto já é de 4 anos atrás, talvez os mais recentes recebam 8,5 ;))) hehehe
Keep the spirit inflamed!!!

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