Mar da virgindade

À espera fez do silêncio a ausência sem oração
Por isso quebramos nossos peitos,
Cortamos as mãos com os cacos,
Depois disso restou-nos
Botar pétalas nas pupilas ofegantes...
Fomos por outra vertente

Aquelas escadas eram ondas,
Qual mar?
Não sei,
Eram elas ondas,
Altas tempestuosas apaixonadas,
Eram ondas...
Qual mar?
Não sei,
Só sei que sepultado nele estou,
Quero assim,
Pois amo isto.
Meu mar chamado olhos verdes,
De cosmo indefinido
Debruçado por todo amor do que pode ser maior, tão sem explicação.
Sejas assim!
O mar que virgemente me sepulta.

Submited by

Lunes, Agosto 20, 2012 - 12:53

Poesia :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 16 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Comentarios

Imagen de cecilia

Caro amigo...

Sempre gostei da tua escrita, ela sempre me coloca a buscar o sentimento que estava degustando no momento da criação das palavras, das estrofes. Sempre me é um prazer interpreta-las.

No início senti amargura ao escolher não ter vida se não for ao lado de que se quer ter, mais depois a poesia ficou mais leve, tomou outro rumo.

"À espera fez do silêncio a ausência sem oração"
A conciência da mente a escolher o silêncio como prece no momento em que o corpo prefere se fechar

"Debruçado por todo amor do que pode ser maior, tão sem explicação."
Como colocar peso ou medida em algo que não vemos, tocamos apenas sentimos e não conseguimos base definida para expressar o que realmente é.

"Só sei que sepultado nele estou,O mar que virgemente me sepulta."
Magnifico, lindo, a renuncia, a escolha certa de amar e esperar

Adorei te ler

Imagen de Alcantra

Belissímo comentário minha

Belissímo comentário minha cara Cecília.

Um forte abraço,

Alcantra

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Paletó de carícias 1 1.194 04/17/2012 - 03:32 Portuguese
Poesia/General Cômodo dos afugentados 2 1.276 04/12/2012 - 16:47 Portuguese
Poesia/General Escritos da Memória 1 979 04/06/2012 - 15:35 Portuguese
Poesia/General Interruptor do Sol 1 1.161 04/02/2012 - 20:42 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 0 1.408 03/30/2012 - 16:31 Portuguese
Poesia/General Azul da Prússia 0 1.221 03/26/2012 - 20:00 Portuguese
Poesia/General Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma 2 1.281 03/14/2012 - 21:39 Portuguese
Prosas/Mistério Lágrimas do leão cego 0 1.658 03/09/2012 - 15:13 Portuguese
Poesia/General Os campos de Julho 0 1.322 03/09/2012 - 15:10 Portuguese
Poesia/General Chalés da Beladona 0 1.156 03/05/2012 - 15:54 Portuguese
Poesia/General O nome da tarde era poesia 0 1.345 02/29/2012 - 22:29 Portuguese
Poesia/General Outro do Outro Lado 0 867 02/23/2012 - 23:06 Portuguese
Poesia/General O encantador de beija-flores 0 1.446 02/13/2012 - 15:29 Portuguese
Poesia/General Noi não contigo 0 804 02/07/2012 - 15:22 Portuguese
Poesia/General Letras em chamas 0 1.229 02/03/2012 - 10:59 Portuguese
Poesia/General Sonso e Truncado 0 1.296 01/12/2012 - 15:40 Portuguese
Poesia/General Os filhos do Beco 0 1.394 12/27/2011 - 14:48 Portuguese
Poesia/General Parapeito do mundo 0 1.129 12/19/2011 - 22:57 Portuguese
Poesia/General Chorrilho só chorrilho 0 982 12/13/2011 - 21:35 Portuguese
Poesia/General Ler sexo ou solidão 0 1.741 12/04/2011 - 18:52 Portuguese
Poesia/General Correr & nada ser 0 1.239 11/28/2011 - 22:39 Portuguese
Poesia/General Por azo ao flerte 0 1.188 11/20/2011 - 02:10 Portuguese
Poesia/General Arbítrios, broquéis contra missal 0 1.537 11/11/2011 - 22:07 Portuguese
Prosas/Otros Apenas num jornal 0 1.654 10/30/2011 - 00:42 Portuguese
Poesia/General A Capa e o Roubo 0 1.564 10/30/2011 - 00:40 Portuguese