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O nome da tarde era poesia

Pôr quimeras vibráteis no lanço do poente
Não é de seu feitio,
Muito menos chocar com alarde
As sombras no sombrear lento vagaroso
Em belas veredas altaneiras

Quando ante ao temporal
Tu rediges com tosse,
As enfadonhas nuvens cinza.

O que o céu fez para provocar as nuvens assim,
Deste modo?
São as pressas da escrita desta tarde
Com receio do escape de idéias.

Hás-de encimar sua esbelteza
No caso da bonança.
Vá-se embora rir rouca
Dado que nos tapas das trevas
Sua escapatória pelas costas,
Suas livres e maravilhosas notas
Cairão no fundo precipício do mundo.

Linda ou feia, risonha ou triste
Breve ou lenta,
És poesia que faz poeta
Não igual nem comparada,
Mas única na veneziana do dia,
Abotoada tão abotoada
Sossegada tão sossegada

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quarta-feira, fevereiro 29, 2012 - 21:29

Poesia :

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Alcantra

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