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Parapeito do mundo

Costelas de pedras no peito da serra
Berra de longe para o campo:
É preciso colher o verão!

Toda estrada tem gosto de solidão
Nessas horas
Ela é o que deveria ser,
Um volante, uma garota e um ácido abençoado na língua.

Repito que sozinhas são as estradas
Em suas pedras soltas
E suas poeiras secas.
Enxergar o que não tem fim,
Sem fim são as colunas de árvores
Entrelaçadas embaraçosas
Pelas costas da montanha,
Um colar de rochas orna seu pescoço

Soube que caíram águas limpas
Nos ombros dela!

Sinuosamente,
Neste momento as nuvens tatuam o céu
Que afiguram-se com climas temperamentais

Todos brincam sem medo de tudo desmoronar
Sem medo de acordar,
Mesmo que pelos empurrões duma mãe mandona
Mesmo que pelo sol que adentra a pele das pálpebras
Mesmo com tudo
É possível não despertar

Existiu aqui uma índia,
Mas agora ela é um filtro de sonho
Colocado à cola
Em sonhos de porcelana e torrões vermelhos

Cerrarias todos os dentes
Para preencher uma cama,
Construirias paredes
Não fosse o jeito amuado
Serias invisível com fúria e força
Se fosse real
Enfrentarias a idade à procura de ser velho,
Mas tu és o que não é carne

Em tua sintonia de brisas
Não é possível sentir os punhais fascinantes
Muito além do que
Nada além
Irrompem as portas do infinito
Levitadas infinitas
&
Dias loucos

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segunda-feira, dezembro 19, 2011 - 22:57

Poesia :

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Alcantra

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