CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Letras em chamas

Começo meio fim meio-fio claro
E carros cuspindo das poças o resto dum choro emudecido,
Ter na mente o que não se pode colocar nela
Como orvalho preguiçoso
Acordando às sete horas

Ah! Velho com barbas de árticos e pensamentos boreais
Não venha mostrar a grande balbúrdia (alma inferneira)
Com seu teso cômputo
Sobre cidadelas distantes de outros sítios humanos
Não venha queimar o mote dom de quem versa
Como se a criação da palavra fosse um erro no herege
Com direito a fogueira
Indolente presságio ido até o fim
Sem conceber outras ruas ou cunhais abaratinados

Assim faz-se a resposta do mal aventurado
Que inventa na tarde o seu paraíso
E caminha por noites infernais:

Nas espinhas das fêmeas calças a pele do deleite
Sobre curvas perfumais tens nas mãos o leme dum corpo no contorcer-se
Navegar singrar e ferir uma alma
Quando do nada toda natureza do amor
É entregue ao abismo
Nas solas dos pés
Deste monstro não estudado
Sem resultados nem fórmulas.

O fogo da longitude
Faz da moça o caminho para fora do Éden
Desgraças com graças dum bom amante
Entregar a guerra sentimental
No peito da paz em pleno clímax e êxtase

A melhor memória deus do amor
Áureo feito trigais dado por gosto findo
Da separação do verde
Em colheitas secas
Está na adaga que crava e fica
Só permanece arraigada por medo de não senti-la
Nunca mais

Ominas limite seu próprio quando do álcool
Arrancas uma ressaca na ponta da pena,
No fumo e em tudo que faz de ti
Errado no erro que és
Ainda resta uma saída
Se estais no inferno
No inferno estais
És o diabo telúrico em carne recíproca

Submited by

sexta-feira, fevereiro 3, 2012 - 10:59

Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 15 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor Soma de poemas 5 1.999 02/27/2018 - 12:09 Português
Poesia/Geral Abismo em seu libré 0 2.181 12/04/2012 - 00:35 Português
Poesia/Geral Condado vermelho 0 2.791 11/30/2012 - 22:57 Português
Poesia/Geral Ois nos beijos 1 1.879 11/23/2012 - 11:08 Português
Poesia/Geral Dores ao relento 0 2.187 11/13/2012 - 21:05 Português
Poesia/Geral Memórias do norte 1 1.282 11/10/2012 - 19:03 Português
Poesia/Geral De vez tez cromo que espeta 0 2.323 11/05/2012 - 15:01 Português
Poesia/Geral Cacos de teus átomos 0 1.748 10/29/2012 - 10:47 Português
Poesia/Geral Corcovas nas ruas 0 2.299 10/22/2012 - 11:58 Português
Poesia/Geral Mademouselle 0 1.573 10/08/2012 - 15:56 Português
Poesia/Geral Semblantes do ontem 0 1.644 10/04/2012 - 02:29 Português
Poesia/Geral Extravio de si 0 2.166 09/25/2012 - 16:10 Português
Poesia/Geral Soprosos Mitos 0 2.688 09/17/2012 - 22:54 Português
Poesia/Geral La boheme 0 2.414 09/10/2012 - 15:51 Português
Poesia/Geral Mar da virgindade 2 1.633 08/27/2012 - 16:26 Português
Poesia/Geral Gatos-de-algália 0 2.371 07/30/2012 - 16:16 Português
Poesia/Geral Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 1.716 07/23/2012 - 01:48 Português
Poesia/Geral Vales do céu 0 1.482 07/10/2012 - 11:48 Português
Poesia/Geral Ana acorda 1 2.083 06/28/2012 - 17:05 Português
Poesia/Geral Prato das tardes de Bordô 0 1.853 06/19/2012 - 17:00 Português
Poesia/Geral Um sonho que se despe pela noite 0 1.831 06/11/2012 - 14:11 Português
Poesia/Geral Ave César! 0 2.532 05/29/2012 - 18:54 Português
Poesia/Geral Rodapés de Basiléia 1 1.666 05/24/2012 - 03:29 Português
Poesia/Geral As luzes falsas da noite 0 2.490 05/14/2012 - 02:08 Português
Poesia/Geral Noites com Caína 0 1.729 04/24/2012 - 16:19 Português