SOSSEGO

XVIII

ao pai morto e à mãe posta
em sossego: desde quando o vi
como estrangeiro buscando
no bar da esquina - a esquina
da confluência - o reconhecimento
de ser igual aos outros;
você que na sobriedade luta
contra todos os santos - assimétricos -
pela eternidade não há como se rebelar
ao fato inegável do fracasso e fechar
a porta ao mundo do desconhecimento,
nem ao futuro de faz de conta

a conta feita em números
repercute o nada
vivenciado em espumas
de barcos naufragados.

(Pedro Du Bois, em A CASA DAS GAIOLAS)

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Domingo, Junio 7, 2009 - 22:51

Poesia :

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PedroDuBois

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Comentarios

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Re: SOSSEGO

Bom poema, gostei de ler! :-)

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Re: SOSSEGO

'Ao pai morto e à mãe posta em sossego""vivenciado em espumas de barcos naufragados"
Gostei muito, mas me parece que teu sossego tem ansiedade.
Parabéns.

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Re: SOSSEGO

Caríssima Maria,
de tudo, um pouco.
os fragmentos pertencem a poemas longos que, creio, poderiam cansar o leitor nas leituras "rápidas" desses tipos de apresentação. estou errado? na verdade, perdem em essência, pois deixam-se longe do sentido original do texto. talvez eu é que esteja errado em publicá-los "picados".
não me vejo ansioso, mas, procuro exercitar os sentimentos (ditos) humanos e, aí, sim, há muita ansiedade, como em todos nós. paradoxo?
apreciei imensamente por ter aceitado meu convite, mais, pela visita, leituras e comentários. espero não tê-la desapontado.
volte sempre,
abraços agradecidos,

Pedro

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