SOSSEGO

XVIII

ao pai morto e à mãe posta
em sossego: desde quando o vi
como estrangeiro buscando
no bar da esquina - a esquina
da confluência - o reconhecimento
de ser igual aos outros;
você que na sobriedade luta
contra todos os santos - assimétricos -
pela eternidade não há como se rebelar
ao fato inegável do fracasso e fechar
a porta ao mundo do desconhecimento,
nem ao futuro de faz de conta

a conta feita em números
repercute o nada
vivenciado em espumas
de barcos naufragados.

(Pedro Du Bois, em A CASA DAS GAIOLAS)

Submited by

Domingo, Junio 7, 2009 - 21:51

Poesia :

Sin votos aún

PedroDuBois

Imagen de PedroDuBois
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 11 años 6 semanas
Integró: 03/15/2009
Posts:
Points: 1484

Comentarios

Imagen de Henrique

Re: SOSSEGO

Bom poema, gostei de ler! :-)

Imagen de marialds

Re: SOSSEGO

'Ao pai morto e à mãe posta em sossego""vivenciado em espumas de barcos naufragados"
Gostei muito, mas me parece que teu sossego tem ansiedade.
Parabéns.

Imagen de PedroDuBois

Re: SOSSEGO

Caríssima Maria,
de tudo, um pouco.
os fragmentos pertencem a poemas longos que, creio, poderiam cansar o leitor nas leituras "rápidas" desses tipos de apresentação. estou errado? na verdade, perdem em essência, pois deixam-se longe do sentido original do texto. talvez eu é que esteja errado em publicá-los "picados".
não me vejo ansioso, mas, procuro exercitar os sentimentos (ditos) humanos e, aí, sim, há muita ansiedade, como em todos nós. paradoxo?
apreciei imensamente por ter aceitado meu convite, mais, pela visita, leituras e comentários. espero não tê-la desapontado.
volte sempre,
abraços agradecidos,

Pedro

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of PedroDuBois

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General CONFUSÕES 1 2.914 02/27/2018 - 11:02 Portuguese
Poesia/General AVESSOS 3 2.560 02/27/2018 - 11:01 Portuguese
Fotos/Perfil Foto 0 6.410 11/23/2010 - 23:39 Portuguese
Críticas/Libros Brisa em Bizâncio, Fernando José Karl 0 3.661 11/19/2010 - 01:39 Portuguese
Críticas/Libros HOMEM NO ESCURO, Paul Auster 0 3.410 11/19/2010 - 01:39 Portuguese
Críticas/Libros AS METAMORFOSES, Murilo Mendes 0 4.045 11/19/2010 - 01:39 Portuguese
Críticas/Libros MATERIA DE POESIA, Manoel de Barros 0 4.016 11/19/2010 - 01:39 Portuguese
Críticas/Libros A ARTE DA PRUDÊNCIA, Baltasar Gracián 0 4.357 11/19/2010 - 01:39 Portuguese
Poesia/General PRÊMIOS 0 3.116 11/18/2010 - 15:22 Portuguese
Poesia/General ÚNICA TESTEMUNHA 0 3.353 11/17/2010 - 22:56 Portuguese
Poesia/General A CASA DIVERSA 0 2.844 11/17/2010 - 22:54 Portuguese
Poesia/General CORDAS 0 2.927 11/17/2010 - 22:46 Portuguese
Poesia/General ENTREVISTO 0 3.711 11/17/2010 - 22:43 Portuguese
Poesia/General (DO QUE SEI) 0 4.537 11/17/2010 - 22:25 Portuguese
Poesia/General O COLETOR DE RUÍNAS 0 2.612 11/17/2010 - 22:25 Portuguese
Poesia/General BREVES 3 2.825 07/16/2010 - 10:32 Portuguese
Poesia/General RELEMBRANÇAS 0 2.116 07/13/2010 - 11:46 Portuguese
Poesia/General AMARES 1 3.454 07/09/2010 - 23:13 Portuguese
Poesia/General MAR ABERTO 0 2.563 07/09/2010 - 18:00 Portuguese
Poesia/General A ÁRVORE PELA RAÍZ 1 2.349 04/29/2010 - 00:06 Portuguese
Poesia/General ANDAR 5 3.531 04/28/2010 - 01:28 Portuguese
Poesia/General BAILAR 4 2.674 04/26/2010 - 03:12 Portuguese
Poesia/General ARES DA TERRA 2 2.710 04/23/2010 - 20:45 Portuguese
Poesia/General LIBERDADE 3 2.464 04/21/2010 - 18:56 Portuguese
Poesia/General PEDRAS 2 2.291 04/18/2010 - 16:30 Portuguese