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Bebo o fel do próprio diabo

Parece que da minha alma não vem conciliação,
Entre o comando seu e o incumprimento meu,
Estranha alfaia, trago eu, a modos de coração,
-Triste, pois não chove, infeliz porque choveu.

Não sei se sou eu, que trago a alma enganada,
Ou o erro deste coração seja, dele se pensar meu,
Tal como o menino, que a mãe julga móbil seu,
E depois apartado dela, por cuja saldaria ele a vida.

Não é uma dor qualquer, aquela que sinto no peito,
Distinta de não saber, o que se quer, mas o porquê,
Assim como que equacionando, se o que vê
P’lo olho esquerdo tem parecenças no direito.

Parece que da minha alma não vem conciliação,
Entre a primavera que vi, e o inverno que desejo, (por tudo)
Além do que da dor consinto e da vacuidade do vão,
Assim vai de erro em erro, meu surdo coração… batendo,

Batendo, batendo… em celebração do dia de fecho,
-Espécie de adufe, em mundana procissão de fé.
Não sei se sou eu, que vendo a posse da alma num texto,
Ou se, quando escrevo, bebo o fel do próprio diabo até…

Jorge Santos (12/2013)
http://joel-matos.blogspot.com

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sábado, março 3, 2018 - 23:17

Ministério da Poesia :

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