CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Os destinos mil de mim mesmo.

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

Submited by

sexta-feira, novembro 24, 2023 - 11:01

Ministério da Poesia :

No votes yet

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 14 semanas 20 horas
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

imagem de Joel

Os destinos mil de mim

Os destinos mil de mim mesmo.

A minha história é cheia de ângulos invisíveis e de coisas incertas, arestas
Rasas, cegas tal como folhas movidas pelos ventos,
Que sou levado a crer serem movimentos circulatórios,
Acidental a disposição delas e a minha, circulam indecifráveis
Nesta ou em outra área mais dobrada do parque,
Num alegre, bucólico canteiro de flores ou no alpendre de uma casa térrea,
Igual a esta onde me limito ao poder diminutivo das horas,
À tolerância constância dos dias.

É neste esvoaçar constante, lento,
Que residem as lembrança, e acaso o eterno,
Como se a vida não fosse um abissal eco,
Uma vertente com cantos inclinados,
Quais fingimos amar seguindo regras não escritas,
Impostas à partida, estritas e apregoadas até à exaustão,
Aos quatro ventos.

Sinto-me um insólito inverno, um intruso indiscreto,
Um melancólico desconhecido até para mim mesmo,
Como tivesse sido sequestrado por uma sombra esguia, vazia,
Com a aparência dum inútil artefacto que renego e carrego no peito,
Mas do qual e de facto já faço parte e qual amiúde suprimo de merecer-me,
Desmereço-me despejando os olhos exaustos pelo chão dos vivos,
Dos que vivem exactos e sem esforço.

Considero-me acima de tudo uma criatura ausente, sem interesses maiores
Que interessem a alguém se nem a mim mesmo,
A natural sombra de mim próprio e não a dos outros que se salientam.

Fui esse que ainda sou, eu mesmo sem brilho
Ou a fase mais escura da lua e do céu que em sombra dobrou o sol
Em três, frente e atrás, para depois ficar quase, quase breu.

A frágil intenção tornou-se a causa certa,
E o quarto onde paira um silencio tóxico que me silencia,
Assim como mordaça ou uma bandeira branca erguida, desfraldada
P’los meus olhos dentro, paredes hermética
Aos destinos mil de mim mesmo.

Joel Matos (23 Novembro 2023)

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com/

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Pra lá do crepúsculo 30 295 03/06/2024 - 12:12 Português
Poesia/Geral Por onde passo não há s’trada. 30 686 02/18/2024 - 21:21 Português
Poesia/Geral Sonhei-me sonhando, 17 399 02/12/2024 - 17:06 Português
Ministério da Poesia/Geral A alegria que eu tinha 23 334 12/11/2023 - 21:29 Português
Ministério da Poesia/Geral Notas de um velho nojento 7 390 12/06/2023 - 22:30 Português
Ministério da Poesia/Geral (Creio apenas no que sinto) 17 216 12/02/2023 - 11:12 Português
Ministério da Poesia/Geral Vamos falar de mapas 15 519 11/30/2023 - 12:20 Português
Ministério da Poesia/Geral São como nossas as lágrimas 9 327 11/28/2023 - 12:11 Português
Poesia/Geral Entrego-me a quem eu era, 28 432 11/28/2023 - 11:47 Português
Ministério da Poesia/Geral O Homem é um animal “púbico” 11 287 11/26/2023 - 19:59 Português
Ministério da Poesia/Geral A essência do uso é o abuso, 1 541 11/25/2023 - 12:02 Português
Ministério da Poesia/Geral Insha’Allah 2 310 11/24/2023 - 13:43 Português
Ministério da Poesia/Geral No meu espírito chove sempre, 12 349 11/24/2023 - 13:42 Português
Ministério da Poesia/Geral Os destinos mil de mim mesmo. 21 394 11/24/2023 - 13:42 Português
Poesia/Geral “Daqui-a-nada” 20 986 11/24/2023 - 12:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Cada passo que dou 0 463 11/24/2023 - 10:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Quem sou … 0 402 11/24/2023 - 10:26 Português
Ministério da Poesia/Geral Ricardo Reis 0 122 11/24/2023 - 10:24 Português
Ministério da Poesia/Geral A dança continua 0 277 11/24/2023 - 10:23 Português
Ministério da Poesia/Geral A importância de estar … 0 261 11/24/2023 - 10:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Se eu fosse eu 0 161 11/24/2023 - 10:15 Português
Ministério da Poesia/Geral Má Casta 0 333 11/24/2023 - 10:14 Português
Ministério da Poesia/Geral Neruda Passáro 0 290 11/24/2023 - 10:12 Português
Ministério da Poesia/Geral Pouco sei, pouco faço 0 188 11/24/2023 - 10:11 Português
Ministério da Poesia/Geral Do que tenho dito … 0 361 11/24/2023 - 10:09 Português