CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Conto …
Conto …
Conto de um, dois, três, quatro e cinco e seis, dezasseis …até trinta e seis, esquivo-me a agir, reduzo a acção, supero o deve e o haver, sobra-me o que não disse e continuo a viver da arte das expressões e emoções já não tanto à flor da pele como uma coroa do sol e o papel a arder quando se aproxima e afasta a lupa dele repetidamente concentrando a luz, concentro-me na lua, em que não há, não pode haver fogo, não há ar e o meu trono é de ar e povo, pai e rei do mundo, imagino-me e é tudo, as revoluções e as guerras continuam por todo o lado, não são estéticas, causam horror, não valem o som que fazem aos ouvidos, de boneca de louça quebrando, de bebé chorando; eu potencio o repouso e conto um e dois e três, até trinta e três sabendo que é um jogo, um exercício, o da concentração da luz numa lente e o haver fogo e o que posso fazer é saber e faço de sábio sem o ser, inevitavelmente conduz-me a estupidez por entre mortos e feridos embora não haja reino por que valha ser ferido.
Conto um, dois, três, dezoito, vinte e oito pelos dedos, peço o recibo ao taberneiro, sempre solicitei contas com boas maneiras; um pobre, ridículo acrobata de circo no fim da rua, porta com porta em frente à minha, lembra-me os meus falhanços, a minha incompetência endémica que me faz confiar na habilidade de faz-de-conta tal como o palhaço que ri na rua do-tudo-por-nada.
Conto e continuo a contar que, sob as más-caras há e sempre haverá humanidade e o hábito, elevado ao expoente máximo que um processo mental básico alinhe o inapto de sonhar com o sonhador devoto, surpreendo-me constantemente com quem passa por mim e se apega à matéria da negação como forma de existir suprema, transfiguro-me numa outra realidade, conto e continuo a contar sem me misturar, daí a habilidade em seguir vários caminhos sem me envolver com a rua e o palhaço que representa os meus falhanços e a estupidez humana das almas todas incluindo a minha, a chama, a luz concentrada de uma lente, o sol; concentro-me na lua e conto, cem, cento e muitos impulsos de todo o meu sangue Germânico, abrandando até sarar …
Joel matos 06/2018
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4065 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Sombras no nevoeiro | 0 | 3.678 | 02/16/2013 - 21:59 | Português | |
Poesia/Geral | o dia em que o eu me largou | 2 | 1.771 | 12/30/2011 - 12:24 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 3.212 | 03/11/2011 - 22:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 4.366 | 03/02/2011 - 15:29 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 2.560 | 02/03/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Geral | Tão íntimo como beber | 1 | 1.260 | 02/01/2011 - 22:07 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 2.946 | 01/28/2011 - 17:02 | Português | |
Poesia/Geral | Luto | 1 | 4.020 | 01/15/2011 - 20:33 | Português | |
Poesia/Geral | Não mudo | 0 | 2.792 | 01/13/2011 - 12:53 | Português | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 8.677 | 01/13/2011 - 11:02 | Português | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 4.662 | 01/13/2011 - 11:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | Roxxanne | 0 | 4.282 | 01/13/2011 - 11:00 | Português | |
Poesia/Geral | Oração a um Deus Anão | 0 | 6.138 | 01/13/2011 - 10:58 | Português | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 4.255 | 01/13/2011 - 10:57 | Português | |
Poesia/Geral | O fim dos tempos | 0 | 4.992 | 01/13/2011 - 10:52 | Português | |
Poesia/Geral | Terra á vista | 1 | 2.568 | 01/13/2011 - 01:13 | Português | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 9.053 | 01/12/2011 - 23:58 | Português | |
Poesia/Geral | Não sei que vida a minha | 1 | 1.727 | 01/12/2011 - 21:04 | Português | |
Poesia/Geral | o céu da boca | 0 | 4.351 | 01/12/2011 - 15:50 | Português | |
Poesia/Geral | Dispenso-a | 0 | 2.356 | 01/12/2011 - 15:38 | Português | |
Poesia/Geral | estranho | 0 | 4.484 | 01/12/2011 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | comun | 0 | 3.957 | 01/12/2011 - 15:34 | Português | |
Poesia/Geral | desencantos | 0 | 2.199 | 01/12/2011 - 15:30 | Português | |
Poesia/Geral | Solidão não se bebe | 1 | 3.264 | 01/12/2011 - 02:11 | Português | |
Poesia/Geral | Nem que | 3 | 2.817 | 01/11/2011 - 10:39 | Português |
Comentários
.
.
.
.
..
..