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Gente em Technicolor…
Demónio benevolente ou Dragão,
O perfume seu não deixa indiferente,
Minhas narinas de peixe gato ou balão,
De sentirem o que é urgente,
Preciso do sentir desta gente,
Pra sentir de que sonho eu sou
Parte, pra o descrever num aparte,
E mastigar os aromas inteiros,
Sentir o calor do sol tártaro e intransigente,
O brilho da lua, pitada d’estragão,
O sal do mar quanto baste,
E as lágrimas quando o mar bate,
E se o sal me cega de cegueira,
Inexplicável permanece, o sabor a terra,
Demónio benévolo ou dragão bastardo,
Não me deixes indiferente,
Nem ao próprio inferno de Plutarco,
Se isso servir meu coração diverso,
De imaginação rosas e rostos,
Misturados de perfumes e gestos,
Colados a grude nesta alma,
Que se pensa flor,
Sendo gente-de-sonho-menor,
Que a natureza a sonhar,
Ser gente supra em Technicolor,
Jorge Santos (11/2014)
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Nem ao próprio inferno de Plutarco,
Nem no próprio inferno de Plutarco,
posso sentir o calor do sol tártaro
E intransigente como quando escrevo