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(DES)TEMPO
Dos sentidos
as dimensões
se multiplicam
na repetição dos movimentos
externos da razão
(no início não há a tristeza
a inexistência de fatos passados
o recém começar não traumático)
no sentimento reside o que acumula
de cultura: palavras cores nomes
distribuídos ao reconhecimento
o voo interrompido na queda
diante da fragilidade
das dimensões descortinadas
(lembranças pesam sobre o corpo).
(Pedro Du Bois, (DES)TEMPO)
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quinta-feira, outubro 22, 2009 - 23:06
Poesia :
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Comentários
Re: (DES)TEMPO
Pedro,
Um tema que exerce sobre mim um enorme fascínio.
Abraço
Nanda
Re: (DES)TEMPO
Oi, Nanda. É verdade, como seres racionais, mas finitos, o tempo ou seu (des)tempo nos acaricia, mas nos cobra espaços. Por isso o fascínio. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.
Re: (DES)TEMPO
Perco o tempo nesse (des)tempo
Gostei mto
Abraço
Re: (DES)TEMPO
Caro João, quantos de nós conseguem (des)temporizar seus sentimentos? quantos se enredam em suas asas? O tempo inexiste para quem nos olha de fora: ou de cima. mas nós existimos o tempo todo. Grato pelo comentário. Abraços, Pedro.
Re: (DES)TEMPO
(Pedro:-)
GOSTEI DO POEMA EM SI.
SALIENTO A FRASE MUITO BEM TRALHADA!
ABRAÇO LUZ DA FÃ!:oops:
Dos sentidos
as dimensões
se multiplicam
na repetição dos movimentos
Re: (DES)TEMPO
Cara Maria, é bom ter leitores como você: meu incentivo a escrever mais. Abraços, Pedro.
Re: (DES)TEMPO
"Dos sentidos
as dimensões
se multiplicam
na repetição dos movimentos
externos da razão"
Pedro, gostei de ler.
Esta parte que retive leva-me para momentos além do imaginável, e também do real tempo, em que somos tantos em todos os momentos que nos transformamos a cada passo.
Bjs
Matilde D'Ônix (Dolores)
Re: (DES)TEMPO
Cara Matilde, o que imaginamos é apenas pequena parte: o todo nos circunda em imagens além do tempo (que nos prende). Abraços, Pedro.
Re: (DES)TEMPO
Caro Pedro Du Bois.
No início, é a leveza, pois não há nada gravado na memória. É o paraíso.
Depois as lembranças vão se acumulando uma a uma e vão se tornando um grande somatório, um peso crescente.
Descortina-se então a razão para que o alívio seja conseguido (a razão é dura, enloquecedora), senão a queda será desastrosa.
Obs: assim interpretei, mas não sei se esta foi a idéia do autor.
Adorei!!
Um grande abraço,
REF
Re: (DES)TEMPO
Caro Roberto, costumo dizer que a leveza do poema é a possibilidade (aberta e livre) da sua leitura. assim, todas as leituras são corretas, mesmo que não tenha sido a do autor: aliás, a autoria cessa na publicação do texto. depois, se desenvolve nas (possíveis) leituras. Gostei da sua leitura. Abraços, Pedro.