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Le silence dormant
Há quem seja pela sorte bafejado, outros são pelo silêncio amordaçados
como muralhas que rodeiam os jardins enegrecidos que o Universo ignora…
Distorcidas imagens de espectáculos há muito lugubremente encenados
onde pinta-se sofrimento com as cores do esquecimento que do riso destoa.
De velhos marinheiros sem navio, presos a um horrível destino
que veneram apenas venenosas recordações que ao presente nada evocam.
Para este mundo, desabrocha o Sol como bobo da corte libertino
para dar-lhes a conhecer o vazio, reino sem sono e piedade que até aos miseráveis chocam..
Perfumado pela fúria de ultrajantes palácios envoltos em ruídos e faíscas,
ecoando arrepios que ao espírito toma como posse.
Os verões de vidas que o punho ergueram como troça da mentira
e degraus desceram onde a arte da negra morte faz da desgraça seu molde.
Numa verborreia ultrajável de sinuosas pompas e atrevidos festins
onde a doença marca presença e engloba respeito como quem queima o mar.
Os ecos de vida são amordaçados pelo encontro de poetas sem alma
que respiram o hálito de moribundos com ciúmes de quem nasce para tão vivo despertar.
As trombetas de escárnio que os mudos de cavalheirismo tanto apregoam
e que deixam os inférteis hesitantes, debilitados, lacrimejantes sem moradia onde gemer.
Disformes sem saber onde a última nota tocar e que nada de beleza entoam,
restos de loucuras entediantes que nem os vermes têm prazer em comer.
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Poesia :
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Comentários
Re: Le silence dormant
Um poema bem escrito e inspirado, gostei!!! :-)