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Nas noites sem dormir

Falava-te, sim falava-te
Daquelas noites sem dormir
Que apenas nos sonhos vi-te
Vi-te no meu corpo a cair

Nos meus braços neste leito
Beijava-te o corpo e alma
Encostava-me sobre teu peito
Deitada na cama, a paz a sauna

Mas não te vou falar
Falar-te-ei das poucas noites
Que lado a lado vi-te acordar
E das raras noites vi-te adormecer

Falo-te dos abraços apaziguadores
Daqueles que só tu me sabes dar
Aqueles suaves e acolhedores
Espero que eles nunca possam acabar

Se soubesses as vezes
Que alguém me olha
O meu rosto faz as vezes
Da tristeza que molha

Molha a nua alma
No meu corpo e sinto
A triste dor do Karna
Nascida de espinhos

Que na queda anseio, coragem
Para por termo aquilo que sou
Monstro de alma a margem
Penso que talvez desmoronou

Desmoronou o que eu era
A doce flor ao teu lado
Só dela restou a fera
Quero dela só mais um bocado

Da doçura e suavidade
Do olhar e bravura
E percorrendo a cidade
Como borboleta a doce criatura

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quinta-feira, janeiro 13, 2011 - 21:37

Poesia :

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lila

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