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O homem esquecido

Entre arranha-céus que rasgam o céu cinzento,
Caminho só, no silêncio do vento.
O mundo avança, veloz, destemido,
E eu, parado, sou um eco perdido.

Robôs brilham onde antes havia suor,
Falam de progresso, mas onde está o amor?
Conexões de fibra, frias como o aço,
E eu, de carne, tropeço no espaço.

Meus pés conhecem a terra, o chão bruto,
Não o brilho efêmero de um mundo astuto.
Minhas mãos guardam histórias, calos e dor,
Mas hoje são sombras de um tempo anterior.

Sou ponte esquecida entre o ontem e o amanhã,
Uma voz que se apaga, eco de um afã.
Não sei da língua das máquinas nem seus sinais,
Minha poesia é feita de versos ancestrais.

Para o mundo evoluído, sou um erro do tempo,
Um suspiro antigo, levado pelo vento.
Mas se sou esquecido, que reste o saber:
A alma humana, nem o aço pode conter.

Deixo aqui meu legado, em palavras escritas,
Pois mesmo no esquecimento há vidas infinitas.
Para o futuro que nasce, um simples pedido:
Não esqueçam o homem, o homem esquecido.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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domingo, dezembro 1, 2024 - 14:02

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