CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O lugar que não se vê ...
O luar que não se vê,
Ora m’afaga ora m’ lembra
Do Sol a sombra, tom
De cinza negra, morto
Na senda da deusa desnuda,
O lado que se prevê, o assombro,
É como um íman, o imo, o hino a “Lugh”,
No íntimo fundo de uma longa,
Imensa cripta, o céu uma escada
Sem fim, rolante, magenta e caliça rosa,
E o tutano mármore, rio mudo
Surdo e frio, cobre o pulsar
Do espaço como leite, veneno
Da deusa Terra, melaço
De lua laça enlaça, prende
Por vontade, anula, encanta
Fragmenta, escuto-a,
-Ciente ilusão de morte,
Que não assusta nem se
Rejeita, falsa é a sorte, a fé, a fama,
E o destino uma clareira, um forte
Em ruínas, um sepulcro chão
E um guardião coberto a receio
E a negro, me vela, falso Pã,
Dissimulado, oculto na lama,
Não vá despertar eu da morte
Em qual noite exótica, estranho
Abrir de portas, o sair do espelho
E voltar prefeito do profano, do luto,
Do lugar que não se vê, inumano,
Gerado mudo, sem narrador
Nem conto. Este o mundo do fim
De tudo, tenebroso pálido e feio, uso
O manto régio doutro Rei, deposto
Senhor de tudo, morto, esquecido
Vencido e arrastado por léguas de rojo,
Do altar nas cruzes, até à penumbra
Cinza negra, cujos subúrbios habito,
Não abdico da realeza dos mortos, do hálito,
Nem da anatómica máscara, que deles uso,
O lugar que se pressente …
Joel Matos ( 19 Janeiro 2021)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3584 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Sombras no nevoeiro | 0 | 3.688 | 02/16/2013 - 21:59 | Português | |
Poesia/Geral | o dia em que o eu me largou | 2 | 1.784 | 12/30/2011 - 12:24 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 3.223 | 03/11/2011 - 22:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 4.379 | 03/02/2011 - 15:29 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 2.583 | 02/03/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Geral | Tão íntimo como beber | 1 | 1.272 | 02/01/2011 - 22:07 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 3.011 | 01/28/2011 - 17:02 | Português | |
Poesia/Geral | Luto | 1 | 4.094 | 01/15/2011 - 20:33 | Português | |
Poesia/Geral | Não mudo | 0 | 2.828 | 01/13/2011 - 12:53 | Português | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 8.864 | 01/13/2011 - 11:02 | Português | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 4.666 | 01/13/2011 - 11:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | Roxxanne | 0 | 4.297 | 01/13/2011 - 11:00 | Português | |
Poesia/Geral | Oração a um Deus Anão | 0 | 6.215 | 01/13/2011 - 10:58 | Português | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 4.276 | 01/13/2011 - 10:57 | Português | |
Poesia/Geral | O fim dos tempos | 0 | 5.033 | 01/13/2011 - 10:52 | Português | |
Poesia/Geral | Terra á vista | 1 | 2.591 | 01/13/2011 - 01:13 | Português | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 9.110 | 01/12/2011 - 23:58 | Português | |
Poesia/Geral | Não sei que vida a minha | 1 | 1.760 | 01/12/2011 - 21:04 | Português | |
Poesia/Geral | o céu da boca | 0 | 4.406 | 01/12/2011 - 15:50 | Português | |
Poesia/Geral | Dispenso-a | 0 | 2.382 | 01/12/2011 - 15:38 | Português | |
Poesia/Geral | estranho | 0 | 4.498 | 01/12/2011 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | comun | 0 | 4.117 | 01/12/2011 - 15:34 | Português | |
Poesia/Geral | desencantos | 0 | 2.227 | 01/12/2011 - 15:30 | Português | |
Poesia/Geral | Solidão não se bebe | 1 | 3.291 | 01/12/2011 - 02:11 | Português | |
Poesia/Geral | Nem que | 3 | 2.873 | 01/11/2011 - 10:39 | Português |
Comentários
obrigado pela leitura
obrigado pela leitura e pela partilha