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OS DIAS INDIFERENTES

QUINTA-FEIRA

1
Verdades
esvoaçam das casas
e se escondem
junto aos eremitas

pobres andarilhos
desacostumados
ao trânsito dos carros
e aos tiros com que são mortos
os pássaros

2
esvoaçantes seres
de altos gritos
singelos em suas cegueiras

eremitas estão presos
em vidas
interiores
onde verdades
hibernam.

(Pedro Du Bois, em A DIFERENÇA ENTRE OS DIAS)

Submited by

quarta-feira, junho 10, 2009 - 00:47

Poesia :

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PedroDuBois

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Comentários

imagem de marialds

Re: OS DIAS INDIFERENTES

Maravilhoso! "eremitas estão presos em vidas interiores onde as verdades hibernam"
Todos são assim as verdades dormem dentro do ser humano enquanto a vida se esvai.
Parabens gostei muito.

imagem de Sara_MR

Re: OS DIAS INDIFERENTES

Este poema e o seu comentário sobre o nomear dos dias, lembrou-me uma citação de Al Berto que li aqui:

http://aarquitecturadaspalavras.blogspot.com/2009/06/nomear.html

"Ninguém possui verdadeiramente alguma coisa. As coisas do mundo pertencem a todos e, sobretudo, a quem aprendeu a nomeá-las. E eu já não consigo nomear nada. Não me lembro sequer de um nome que resuma o movimento desastroso dos dias."

De facto, as verdades são quase todas interiores e inomináveis. Gostei do poema.

imagem de PedroDuBois

Re: OS DIAS INDIFERENTES

as vezes tentamos nominar o inominável. e nos perdemos em repetições e indiferenças. seria do poeta a obrigação de dizer? ou desdizer? obrigado pela sua leitura e comentário. abraços, Pedro.

imagem de jopeman

Re: OS DIAS INDIFERENTES

pobres andarilhos, desacostumados a esta prisão
Gostei imenso
Abraço

imagem de PedroDuBois

Re: OS DIAS INDIFERENTES

Caro Jopeman, o andarilho é o remanescente: tempos de definições e ofícios. por mais que caminhasse, poderia ser reconhecido pelo seu ofício aonde quer que chegasse. e hoje, quem é o andarilho: aquele que se esquiva de não ter um ofício. ou aquele que, por excesso de ofícios pode ser nefasto ao reducionismo.
obrigado pela visita e comentário.
abraços,
Pedro

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