CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
OS DIAS INDIFERENTES
QUINTA-FEIRA
1
Verdades
esvoaçam das casas
e se escondem
junto aos eremitas
pobres andarilhos
desacostumados
ao trânsito dos carros
e aos tiros com que são mortos
os pássaros
2
esvoaçantes seres
de altos gritos
singelos em suas cegueiras
eremitas estão presos
em vidas
interiores
onde verdades
hibernam.
(Pedro Du Bois, em A DIFERENÇA ENTRE OS DIAS)
Submited by
quarta-feira, junho 10, 2009 - 00:47
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1250 leituras
Add comment
Se logue para poder enviar comentários
other contents of PedroDuBois
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | SAIR | 10 | 1.328 | 11/23/2009 - 23:45 | Português | |
Poesia/Geral | COTIDIANOS | 8 | 1.061 | 11/21/2009 - 22:23 | Português | |
Poesia/Geral | O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS | 6 | 898 | 11/19/2009 - 22:56 | Português | |
Poesia/Geral | SARAMAGO | 14 | 1.074 | 11/19/2009 - 02:00 | Português | |
Poesia/Geral | LEMBRANÇAS | 16 | 1.290 | 11/15/2009 - 15:35 | Português | |
Prosas/Outros | CECÍLIAS | 2 | 802 | 11/14/2009 - 04:57 | Português | |
Poesia/Geral | ESQUECE | 6 | 969 | 11/12/2009 - 03:43 | Português | |
Poesia/Geral | ARMAZÉM DAS PALAVRAS | 12 | 858 | 11/07/2009 - 01:22 | Português | |
Poesia/Geral | (DES)TEMPO | 18 | 1.091 | 11/07/2009 - 01:16 | Português | |
Poesia/Geral | TERRAS | 2 | 1.254 | 11/07/2009 - 01:13 | Português | |
Poesia/Geral | A CONCRETUDE DA CASA | 10 | 1.174 | 11/07/2009 - 01:10 | Português | |
Poesia/Geral | SOBRE A TEMPORALIDADE | 6 | 1.379 | 10/21/2009 - 02:49 | Português | |
Poesia/Geral | VIA RÁPIDA | 4 | 909 | 10/17/2009 - 00:17 | Português | |
Poesia/Geral | O PRIMEIRO EXERCÍCIO | 8 | 832 | 10/08/2009 - 01:32 | Português | |
Poesia/Geral | RUDIMENTOS | 2 | 740 | 10/06/2009 - 23:40 | Português | |
Poesia/Geral | O DESCRÉDITO E O VAZIO | 4 | 985 | 10/05/2009 - 15:11 | Português | |
Poesia/Geral | O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS | 2 | 1.098 | 09/29/2009 - 02:51 | Português | |
Poesia/Geral | O COLETOR DE RUÍNAS | 10 | 930 | 09/28/2009 - 16:02 | Português | |
Poesia/Geral | PENSAMENTOS | 4 | 1.118 | 09/28/2009 - 15:59 | Português | |
Poesia/Geral | A LEVEZA DO TRAÇO | 8 | 953 | 09/22/2009 - 20:29 | Português | |
Poesia/Geral | XXXIII | 6 | 1.514 | 09/20/2009 - 15:11 | Português | |
Poesia/Geral | A LUZ DESPOSSUÍDA | 14 | 1.209 | 09/18/2009 - 00:33 | Português | |
Poesia/Geral | VERDADES E MENTIRAS | 6 | 1.189 | 09/15/2009 - 14:23 | Português | |
Poesia/Geral | TANTAS MÁSCARAS | 8 | 813 | 09/12/2009 - 17:13 | Português | |
Poesia/Geral | OUTONAL | 6 | 971 | 09/11/2009 - 15:33 | Português |
Comentários
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Maravilhoso! "eremitas estão presos em vidas interiores onde as verdades hibernam"
Todos são assim as verdades dormem dentro do ser humano enquanto a vida se esvai.
Parabens gostei muito.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Este poema e o seu comentário sobre o nomear dos dias, lembrou-me uma citação de Al Berto que li aqui:
http://aarquitecturadaspalavras.blogspot.com/2009/06/nomear.html
"Ninguém possui verdadeiramente alguma coisa. As coisas do mundo pertencem a todos e, sobretudo, a quem aprendeu a nomeá-las. E eu já não consigo nomear nada. Não me lembro sequer de um nome que resuma o movimento desastroso dos dias."
De facto, as verdades são quase todas interiores e inomináveis. Gostei do poema.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
as vezes tentamos nominar o inominável. e nos perdemos em repetições e indiferenças. seria do poeta a obrigação de dizer? ou desdizer? obrigado pela sua leitura e comentário. abraços, Pedro.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
pobres andarilhos, desacostumados a esta prisão
Gostei imenso
Abraço
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Caro Jopeman, o andarilho é o remanescente: tempos de definições e ofícios. por mais que caminhasse, poderia ser reconhecido pelo seu ofício aonde quer que chegasse. e hoje, quem é o andarilho: aquele que se esquiva de não ter um ofício. ou aquele que, por excesso de ofícios pode ser nefasto ao reducionismo.
obrigado pela visita e comentário.
abraços,
Pedro