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XXXIII
Faço de conta
que dos números
emergirei a vida
renovada em sortes
reconto a história
apresentada estéril
em tempos
desconto verdades refluídas
em esperas e as letras
demonstram palavras
encontro o equilíbrio na música
escutada como sinais de brigas
canto o hino patriótico
e das profundenzas o nada
se revela no grito da criança
a maneira dos dias
passados em agonias
e desencontros.
(Pedro Du Bois, A RECRIAÇÃO DA MÁGICA)
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sexta-feira, setembro 18, 2009 - 00:32
Poesia :
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PedroDuBois
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Comentários
Re: XXXIII
Caro poeta PedroDuBois, viva a liberdade poética!
Belos versos e ponto final.
Parabéns!
Re: XXXIII
Caro Poeta, bom tê-lo como leitor. Agradeço pela liberdade das suas palavras. Abraços, Pedro.
Re: XXXIII
encontro o equilíbrio na música
escutada como sinais de brigas
canto o hino patriótico
e das profundenzas o nada
se revela no grito da criança
Belo trabalho!!! A vida!!!
:-)
Re: XXXIII
Caro Henrique, num mundo tão eletrônico, além do mecanizado, recriar a mágica é procurar na profundeza o nada que animou a ancestralidade em busca do grito primordial da vida. E o tanto que nos desviamos dele. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.
Re: XXXIII
Pedro,
;-)
Quase que me permiti fazer a minha própria pontuação...
Meu nobel, José Saramago, me ensinou a ler sem pontuação...
Gosto como escreve.
ana
Re: XXXIII
Caríssima Ana, entendo o poema como texto aberto: tanto à leitura, quanto à gramática. Escrever sem pontuação me permite a liberdade necessária para não prender as palavras. Ao leitor, essa liberdade se apresenta como (nova) leitura. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.