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Os nossos olhos combinam
Mais um cigarro.
Fumo a brisa da noite num trilho de pés descalços pela casa em semi-vida.
Negro a insónia pela janela nas arvores que assombram a incerteza.
Penso-te a espaços sincopados por ruídos distraídos que não te conhecem.
Sei que de nós as razões se anulam no olhar…és para sempre.
Somos silêncios de reclusas palavras com medo de nos faltar o pé e perder…
A mão, os teus, os meus, os olhos.
Temos uma mutualidade intrínseca no abstracto do dizer sem boca…
A tua boca, a minha boca, que seria beijo se fossemos o tempo.
Tenho-te a dizer o que me tens a dizer no urgente da metáfora…
Pode a expressão trair e das nossas bocas sair amor por aí escondido.
Os nossos olhos combinam…
Combinam sonhos, ensejos, desejos, combinam silêncios clandestinos e cuidados afectos…combinam não haver data ou prazos de validade na condição da existência, combinam o abraço sem pré-aviso ao mundo que se protesta pelos dias.
Nem sabemos porque foi, porque que é, como será o rumo dos nossos passos…
Mas seduzimos as nossas imperfeições encantando os nossos laços.
És uma multidão nos meus lugares vazios…
A calma clara e alva dos lados em mim sombrios.
Mais um cigarro.
Fumo a brisa da noite num trilho de pés descalços pela casa em semi-vida…
Dou-te a madrugada toda com os olhos nos teus olhos numa insónia consentida.
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Poesia :
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Comentários
Re: Os nossos olhos combinam
Senti essa multidão, essa calma...