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Rua dos Mercadores
Das vaginas por querer
Consumir em desprezo…
Que ávidos bambos, bacantes
Saliva destemperada com
Cândida morgue sifilítica
Sem corte na rua escura
E também na dos Mercadores
Do pardo ventre do Porto
Atiram dizeres sem análise
No preservativo do tempo
Em preparados de sémen,
Sangue e seringas…
Encardidos, digo, mesmo repelentes,
Nauseabundos, asquerosos,
Esventrada tesoura de rua
Com olhos vazados de guerra e tortura…
Onde nunca aconteceu o amor.
Por batido algodão
Dá-se em menstruo
Submissa…
Que não te sabem vazia nos olhos
Quando tu filha de alguém, filha da mãe…
És astro desértico e fundo
Seca como a vulva queimada
Por caldos de açúcar castanho
No hematoma da tua semi-vida
Murmuram: sabes porque aqui vim
Não sabes porque me venho
Nem sabes porque te tenho
Cativa nos braços da morte.
Há-os de barbas compridas
Com noites viradas em bafos
De filtros e beatas perdidas
No corpo dos embaraços…
Arrumam a cidade ás escondidas
Olha o ardina a moeda
Apressado num risco continuo
De mandar a vida á merda.
Predicado consumo escarlate
Vias rápidas de fumo e de cinza
Que por este cigarro abaixo
Existe a nicotina das noites
A fazer caralhos no tempo…
Já os fumei de feitio e maneira
Já me deu caganeira…
Espasmos de dor e azia…
No pardo ventre do Porto,
Onde morreu a poesia.
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Poesia :
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Comentários
Re: Rua dos Mercadores
UM LINDO POEMA, AO SEU ESTILO PRÓPRIO!
Meus parabéns,
Marne
Re: Rua dos Mercadores
Um poema bem escrito e inspirado, gostei!!! :-)