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Quando eu despir a veste que me liga a este mundo

Quando eu despir a veste que me liga a este mundo,
Não haverá quem me recorde, nem ruirá uma metrópole,
Serei mais um túmulo, serei passado, serei eu, mudo
E as pessoas rindo, como sempre fazem, no funeral

De um ente seu, que se perdeu, perdeu a fé e a veste…
Não mais poderei contar-lhes eu da viagem
Que podem fazer, do prazer em viajar de paquete,
Contar-lhe como era…ou seria, se viessem…

A delegação fica mesmo ali, ao fundo dum jardim,
Depois d’um arco pequeno e num portão  ao lado,
Entra-se numa ala desolada, de aspeto ruim,
Um cais e um barco, transversalmente atracado,

(Pois assim é que o imagino), a onda a quebrar-se
E o apito forte antes que o sol acabe
E a luz que acende o convés e o som maquinal que cresce,
Consciente de ter no coração o que na terra não coube…

Quando eu despir a veste que me liga a este mundo,
Pousarei a capa e não me importarei que minha roupa vista,
Qualquer homem comum, durante o entrudo,
Porque o meu desejo é ficar sozinho e nu, despido de ponta a ponta,

Pra que a fantasia, não tenha com que se cobrir
E continue a navegar nua, por aí, à toa…

Joel Matos (02/2013)
http://namastibetpoems.blogspot.com

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segunda-feira, novembro 11, 2013 - 17:59

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