CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Send'a própria imagem minha, Continuo'a ser eu ess’outro …

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

terça-feira, janeiro 4, 2022 - 11:02

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 1 semana 3 horas
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Sendo minha própria

Sendo minha própria imagem,
Continuo a ser todavia, eu ess’ outro …

Sou a própria passagem do tempo,
O mestre do desapego, o final do ano,
É o que descrevo de mim e por mim,
De modo a parecer logro sendo-o, sou-o,

Não me imito, desnivelo-me pelo outro,
Mesmo o mais baixo, matreiro oco
Manhoso e velhaco, e os demais são,
Sendo eu, a minha própria mensagem, o local

Da praça, o demérito, a paragem do despudor,
A dor com que observo a tarde
A Ocidente, o lago da ” não-pertença”,
O Oligarca dos mal feitos,

Nada – é o meu nome a cheio,
Feito meu, a própria cara minha personifica
Um lego no que leio e receio nem ser,
Ouço-me em falso falando o que nem entendo,

Apenas raras vezes no sossego, conto
As estações do ano, os rostos leais dos meses
Como que me batem, o mérito nos rostos,
Na longa viagem dos “condes do duvidoso”,

Os Deuses do absurdo são poucos,
Brancos quanto o sal das salinas,
Nas estações do “inverneio”, no subúrbio
Pouco verdadeiro do que expresso,

O que peso não é um peso morto
Que se ate aos sapatos ou que os homens
Possam usar no bolso,
Eu faço uso d’facas vivas, o que me aconteceu,

Acontece aos nós, nos dedos dos loucos,
Nem sei quantos atributos os deuses
Das pedras têm, dos redemoinhos, dos socalcos
Nas águas, da turbulência dos ribeiros,

Dos cascalhos do caudal em que me prendo,
I’preso eu me penso não um rio, um mar
Imenso, desses onde se pode embarcar
Pra outro universo vivo, esse onde anoiteci

Rei e rainha de mim, inúmeras narrativas
Vêm á minha mente que não recordo
Nem tenho necessidade, não perco tempo
Averiguando as que são reais e as que finjo,

Dói-me a viagem dentro da própria viagem,
Conquanto sou a própria imagem doutro,
Continuo a ser, todavia, eu ess’outro
Dentro de mim …

Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)

http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral V de Vitória - Revolução - 537 5.201 04/03/2019 - 16:43 Português
Ministério da Poesia/Geral Minha alma é um lego 506 8.009 03/30/2019 - 17:19 Português
Ministério da Poesia/Geral Eu sou tudo aquilo por onde me perco… 420 4.931 03/30/2019 - 17:17 Português
Poesia/Geral (1820) 305 4.589 03/30/2019 - 17:14 Português
Ministério da Poesia/Geral "Je ne dis rien, tu m'écoutes" 468 4.709 03/30/2019 - 17:13 Português
Ministério da Poesia/Geral Cansei. 346 10.662 03/30/2019 - 17:11 Português
Ministério da Poesia/Geral Temo as sombras e o burburinho … 352 3.083 03/30/2019 - 17:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Despido de tudo quanto sou... 241 4.141 03/30/2019 - 17:03 Português
Ministério da Poesia/Geral O mar que não tem a Lua ... 288 4.416 03/30/2019 - 17:03 Português
Poesia/Geral Ou eu me não chame de Antônio ... 543 2.815 03/30/2019 - 17:01 Português
Poesia/Geral Sobre conceitos 436 6.624 03/30/2019 - 16:59 Português
Ministério da Poesia/Geral Sem casas não haveriam ruas ... 343 5.949 03/30/2019 - 16:58 Português
Ministério da Poesia/Geral Que será da nossa viúva sombra, 368 4.787 03/30/2019 - 16:56 Português
Poesia/Geral Sonho d'Midas ... 351 4.321 03/30/2019 - 16:54 Português
Ministério da Poesia/Geral Gostaria de ter um Cadillac novo, 329 5.640 03/30/2019 - 16:52 Português
Poesia/Geral Cego debruçado em via-estreita 290 2.599 03/30/2019 - 13:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Botto 261 4.864 03/30/2019 - 13:21 Português
Ministério da Poesia/Geral Difícil é sair de mim, eu mesmo... 557 3.955 03/30/2019 - 13:19 Português
Ministério da Poesia/Geral O poema d'hoje não é diferente ... 357 3.503 03/30/2019 - 13:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Todos os nomes que te dou, são meus ... 284 3.870 03/30/2019 - 13:15 Português
Ministério da Poesia/Geral Pax pristina 176 4.249 03/30/2019 - 12:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Caminho, por não ter fé ... 369 3.042 03/30/2019 - 12:16 Português
Ministério da Poesia/Geral O azedume no vinagre ou rumo a Centauro-A 209 3.405 03/30/2019 - 12:14 Português
Poesia/Geral o sabor da terra 296 2.641 03/30/2019 - 12:12 Português
Poesia/Geral Inté'que poema se chame de Eu ... 243 2.963 03/30/2019 - 12:11 Português