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Sujeito a uma forma
Teu nome obscuro, oh, sujeito sem forma
Compilo a ti, junto a mim em um assomo
Dando classes, dando lances que não lançam
Tua verdadeira forma.
Vislumbraste a escuridão da inocência
E perdestes a incandescência de outrora
Navegas sem rumo e sem princípios
Em tua ausente forma.
Das regências menos usadas procuraste a mais solicita
A moldar tua intransitividade forma
Na ausência de esclarecer-te procurei a mais implícita
A te envolver.
Do chamamento mais usado, desprezaste o vocativo
E na ausência do teu choro, abandonaste o vazio aposto
Que te enumerava.
Colhas, agora, dos jardins a mais chorosa das formas
E precipite sobre teu vazio nome não circundado
Pouco cingido, pouco embebido, pouco ungido
Neste pequeno, cale-se!
Cálice de cicuta.
E não brade, nem vocifere teus amargos anseios
Imersos em um amor não vislumbrado
Colheste da redoma o que havia plantado
Antes de ceifado pela última aurora.
Agora, do que te cabes, nada menos que um predicado
Do que poderia ser propriamente um teu sujeito
Que perambulastes das classes menos robustas
E se tornaste oculto, inexistente e indefinido.
Como o caso passageiro da mais doce rosa
Que da beleza sucumbiu a um profano anseio
Ficaste a ausência de um vazio inteiro
Pouco embebido e não preenchido.
Determinado, seria ele, o teu sujeito
Mas preferiste a indeterminação das formas
E ficaste tu, oh, nesta ausente forma
A buscar a completude do que não foi.
Não foi tua essência dissipada por completo
Mas sei que teu vazio me incomodava
Achava como companhia o indireto
Objeto que te completava.
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