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Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios
de um Astro andarilho
Quando todos fugiram das noites de frio
Eu estive perambulando pelo pó dos passeios
A passar por todas as constelações
À procura de uma estrela solitária.
Conheci as vidas de vidro,
Frágeis e delicadas
Pendidas por pobres palavras
No pedestal do medo
Despeito seria uma palavra com breve passagem do exato,
Já que,
Escalei com unhas e dedos penhascos rochosos
Na terra descoberta de abdômen teu.
Com a ponta dos lábios encontrei teu céu,
Ali, fiz-me gemido.
Quando naveguei tua respiração
Construí teus beiços mordiscados
Naquela cintura de faceta de meu anônimo corpo.
Mas a noite sempre fora ligeira demais
E quase nunca nos revelava o que outrora era,
Quase ainda
Ainda quase...
A noite faleceu com minha língua em teu umbigo de margarida.
Foste o meu jardim naquela esquecida fazenda do vale encantado,
Foste o maior de todos os imensos beijos
A dar o que me faz pular em parques da infância.
Foi na tristeza da felicidade que debrucei no parapeito da varanda
Movendo-se caindo foi-se lá de cima,
Com asas desconhecidas de penas a pensar,
Quão calma capa de alma era tua alma
No repente assolado insétil
Em seios macios de perfume
A valer todos os preços de todos os tempos.
Suei e sangrei nos olhos
E não desisti.
Dentre todas,
Uma
Dentre as mais belas de todas,
Uma
A única
A mais linda estrela de todo universo.
Pulei cosmos
Dormi e tu passaste por mim,
Dormiste e passei por ti,
Mas havia um canto
E um sonho
Que voavam plenos ao nosso lado.
Calculo o teu amor
Calculo o teu ciúme
De vez em quando puro, deveras impróprio.
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Adorei ... bjs na alma...
Adorei ...
bjs na alma...
Adorei ... bjs na alma...
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