CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
Cidade quedas
Luzes amarelas
Autopistas
Fragor do estilhaço
A mulher se esconde
Por detrás dos óculos
Sangue, morte
Crianças brincando
Na escuridão
Do verão
O corpo cai
Aberração de crianças
Deuses de mármore
Multidão alvoroçada
Olhos nas quinas
Esquinas vazias
Pessoas correndo.
Suas lindas pernas
Deram a esperança
De sair pela fronteira.
Espectro de carros
Perscrutação
Sibilo de ordem
Sendas
Medo
Correria
Crianças apossam-se
Do espólio.
O assassino vai
A caminho da sabedoria
Sem crença
Só matança.
Sua mãe apodrecendo
No caixão
Seu único álibi.
Existem outras cenas
“Pessoas que nascem
Confinadas
Aos confins da noite”.
Chega aurora
Rezam
A luz cai
O demônio recai
A ventania vem
Em nossa direção
Trazendo a chuva de verão
Suba no caminhão!
Deixaremos para trás a solidão
O caos, a desilusão.
Sinto que...
Não existo
Pessoas com caras novas
Regozijantes
Benevolentes.
Experimente o novo jogo
Vamos rumo ao passado
Carro! Guie-nos para o outro lado
Rumo ao Marrocos
“Fique louco”
Aurora vem
Desgosto
Portas abertas
Luzes nas janelas
Armas nas mãos dela
Notícias de morte
Da assassina ou donzela.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1089 leituras
Add comment
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Soma de poemas | 5 | 2.819 | 02/27/2018 - 12:09 | Português | |
Poesia/Geral | Abismo em seu libré | 0 | 3.188 | 12/04/2012 - 00:35 | Português | |
Poesia/Geral | Condado vermelho | 0 | 3.692 | 11/30/2012 - 22:57 | Português | |
Poesia/Geral | Ois nos beijos | 1 | 2.681 | 11/23/2012 - 11:08 | Português | |
Poesia/Geral | Dores ao relento | 0 | 3.019 | 11/13/2012 - 21:05 | Português | |
Poesia/Geral | Memórias do norte | 1 | 2.123 | 11/10/2012 - 19:03 | Português | |
Poesia/Geral | De vez tez cromo que espeta | 0 | 3.272 | 11/05/2012 - 15:01 | Português | |
Poesia/Geral | Cacos de teus átomos | 0 | 2.568 | 10/29/2012 - 10:47 | Português | |
Poesia/Geral | Corcovas nas ruas | 0 | 3.053 | 10/22/2012 - 11:58 | Português | |
Poesia/Geral | Mademouselle | 0 | 2.435 | 10/08/2012 - 15:56 | Português | |
Poesia/Geral | Semblantes do ontem | 0 | 2.249 | 10/04/2012 - 02:29 | Português | |
Poesia/Geral | Extravio de si | 0 | 3.053 | 09/25/2012 - 16:10 | Português | |
Poesia/Geral | Soprosos Mitos | 0 | 3.577 | 09/17/2012 - 22:54 | Português | |
Poesia/Geral | La boheme | 0 | 3.309 | 09/10/2012 - 15:51 | Português | |
Poesia/Geral | Mar da virgindade | 2 | 2.391 | 08/27/2012 - 16:26 | Português | |
Poesia/Geral | Gatos-de-algália | 0 | 3.401 | 07/30/2012 - 16:16 | Português | |
Poesia/Geral | Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios | 2 | 2.542 | 07/23/2012 - 01:48 | Português | |
Poesia/Geral | Vales do céu | 0 | 2.432 | 07/10/2012 - 11:48 | Português | |
Poesia/Geral | Ana acorda | 1 | 2.851 | 06/28/2012 - 17:05 | Português | |
Poesia/Geral | Prato das tardes de Bordô | 0 | 2.691 | 06/19/2012 - 17:00 | Português | |
Poesia/Geral | Um sonho que se despe pela noite | 0 | 3.006 | 06/11/2012 - 14:11 | Português | |
Poesia/Geral | Ave César! | 0 | 3.164 | 05/29/2012 - 18:54 | Português | |
Poesia/Geral | Rodapés de Basiléia | 1 | 2.693 | 05/24/2012 - 03:29 | Português | |
Poesia/Geral | As luzes falsas da noite | 0 | 3.045 | 05/14/2012 - 02:08 | Português | |
Poesia/Geral | Noites com Caína | 0 | 2.535 | 04/24/2012 - 16:19 | Português |
Comentários
Re: Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
Alcantra.
Teu poema nos faz ficar imerso a leitura com a profundeza que ele reflete.
Belo Poema
Cecilia Iacona
Re: Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
Retrato real da tua cidade, fatal, já banal realidade,
visão de um ângulo, verdade. O mundo é monstro que come ossos, meu, teu, de todos, nossos...Mas sobram sempre os destroços de gente, negros poços, de água sanguinea, (a mulher que morre pode ser a tua vizinha), triste, podre, putrefada, sozinha na solidão do caixão, morreu nas luzes da aoutopista, num tiro na contra-mão...E não pode dizer de dentro da podridão, "não foi ele, ele estava segurando a minha mão...".
Muito bom poema.
Re: Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
REF
Re: Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
LINDO, GOSTEI!
SÓ FALTOU NARRARES AS CATARATAS DO IGUAÇU, QUE FICA ALI, COM SEUS ENCANTOS MIL!
FICARIA MUITO LINDO TAMBÉM!
Meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Notícia (Ode a Foz do Iguaçu)
Alcantra,
Forte, intenso, repelto de dictomias que nos fazem ir e vir num mar de sentir e refletir.
Gostei muito de ler. :-)