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Os moinhos do norte

Uma grande engrenagem movimenta a terra
Uma imensa usina mantém acesa a luz do sol
As árvores terra micróbios ar água oceano peixes pássaros...
Somos todos nós engrenagens dentro duma grande caixa redutora
Para acoplar a engrenagem-terra.
O eixo é o universo.

Eu sou o dente quebrado em carbono e ferrugem,
Estou travado.
Dispenso os ideais, a filosofia dos loucos...
Atirei meu corpo em âncora ao oceano transbordado
Da taça do grande senhor,
Enquanto engolia a fio a carne do homem
Cuspindo os ossos para servir ao seu cão propenso e obeso.

Capturei o movimento pelo rabo e o amarrei
Na catapulta furiosa feita de pena de urubu.
Atirei-o contra as muralhas do estático.
Ventoinhas ventos ventania furacão...
Erupção centrífuga arrancando a pele dos corpos vivos
Numa ilha perdida na psique.

Estamos mortos e afogados num útero
Para nascermos sem escolha.

Submited by

terça-feira, novembro 17, 2009 - 16:07

Poesia :

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Alcantra

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Comentários

imagem de Manuelaabreu

Re: Os moinhos do norte

Alcantra,
Criativa a tua intervenção no imenso mar, desenvolvimento da terra feito pelo homem...vai dando que falar a nível das presentes consequências...e realmente:

"Estamos mortos e afogados num útero
Para nascermos sem escolha."
bjo :-)

imagem de Henrique

Re: Os moinhos do norte

Uma grande engrenagem de poesia movimenta a terra num movimento aqui capturado pelo rabo e atirei-o contra as muralhas do estático...

Uma erupção centrífuga arrancando a pele dos corpos vivos numa ilha perdida na psique.

Sem escolha, perfeito!!!

:pint:

imagem de anadeornelas

Re: Os moinhos do norte

Alcantra,

Só por hoje, que sentir, poeta!!!!!

Gostei bastante...

1 beijo :-)

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Os moinhos do norte

Parabéns pelo belo poema.

Gostei.

Um abraço,
REF

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