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Árvore de Sanguessugas - II
entre a Primavera e o Verão o tempo vive indeciso. na estrada vivia a dúvida do dia, ora clara com os raios de sol ou por vezes molhada com pingos de chuva. o suor na testa do Hugo é só o suor de quem aventura o corpo a sentir a rua. os passos inconstantes enganavam toda a matemática que tentasse definir uma formula padrão para o calculo distâncial entre cada patada sem sentido obrigatório. caminhava com sintomas de tonturas: desenhava ondas oscilatórias no eixo das ordenadas e de quando em vez, a mão tocava no muro lateral que o acompanhava.
"puta aquela que se move por baixo dos meus passos" - a terra quente e húmida como qualquer acto sexual, caminhos verdes e as pedras cinzentas.
a cabeça roda cento e oitenta graus, os olhos é como se fossem cegos. para fora do corpo só se avistava caminhos verdes e pedras cinzentas e mais ninguém. As sanguessugas, destruidoras de centros sentimentais existem, andam à espreita do latejar da bomba atómica dos corpos para a fazerem explodir, para a rebentarem com um beijo e dinamite.
desde sempre fui educado a saber perder mas, estou farto de não ganhar. encerraram as apostas.
Hugo Sousa
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Comentários
Re: Árvore de Sanguessugas - II
peço perdao por nao conseguir dizer nada mais ke wow!!!