CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Só, sem chance
No transparente canto do prato caroços de azeitonas enamoram-se e num despejar de chuva com trovões gritando ao longe nas piscadelas das nuvens matreiras, há uma Andrômeda furiosa gesticulando raiva. O pai do moço ainda seco e enrugado blasfemou tonto torto turvo pior que os estouros das flatulentas descargas atmosféricas... Não criem o caos que sou causo de tudo que ainda chuta e soca o que cospes co... O rio veio o osso caiu a barba molhou, duro ali ficou com a frase quase por completa, com o pensamento já feito. Mas na traição da Atena o pobre mais que engatinhou, aterrissando nos braços da rua que sem sentimento de dó não cuida.
Seco são os sangues com veias e silenciosos são os corações que não palpitam. O asfalto feito de sepultura consumiu a figura levando-o ao cume de suas lamentações.
Caroços não são como defuntos, defuntos assustam, azeitona que dá cria aos caroços e em suas mortes não põe medo algum.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1391 leituras
Add comment
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Outros | Só, sem chance | 3 | 1.391 | 03/28/2010 - 12:28 | Português | |
Poesia/Gótico | O golpe e a ferida | 3 | 1.231 | 03/17/2010 - 20:30 | Português | |
Poesia/Intervenção | A 3ª última Grande Guerra | 4 | 1.496 | 03/12/2010 - 15:20 | Português | |
Poesia/Geral | Desafio poético - inferno dos poetas | 8 | 1.100 | 03/04/2010 - 12:47 | Português | |
Poesia/Amor | O campo dos olhos verdes | 4 | 1.070 | 02/27/2010 - 17:46 | Português | |
Poesia/Geral | Anjo Caído | 3 | 1.239 | 02/19/2010 - 22:01 | Português | |
Poesia/Geral | Congregação dos loucos | 4 | 1.059 | 02/16/2010 - 02:04 | Português | |
Poesia/Geral | O carnívoro e a carne | 3 | 1.234 | 02/07/2010 - 20:00 | Português | |
Poesia/Geral | Aquele que não é de lugar nenhum | 2 | 1.816 | 01/31/2010 - 05:10 | Português | |
Poesia/Geral | Tinta fresca | 3 | 1.054 | 01/12/2010 - 04:15 | Português | |
Poesia/Geral | Montículo | 3 | 1.228 | 01/10/2010 - 21:36 | Português | |
Poesia/Intervenção | Azulejos verdes | 7 | 1.001 | 01/08/2010 - 12:59 | Português | |
Poesia/Geral | O rosto do Vidro | 4 | 996 | 01/05/2010 - 20:21 | Português | |
Poesia/Geral | Palavra nua e crua | 5 | 1.327 | 12/31/2009 - 13:49 | Português | |
Poesia/Geral | Suspiro dessepultado | 3 | 916 | 12/15/2009 - 06:23 | Português | |
Prosas/Terror | Aeronave de Tróia | 1 | 1.708 | 12/14/2009 - 16:07 | Português | |
Poesia/Meditação | Num bar | 3 | 1.138 | 12/14/2009 - 02:35 | Português | |
Poesia/Amor | A cama e o sexo | 3 | 1.062 | 12/10/2009 - 04:04 | Português | |
Poesia/Meditação | Ziguezagueia destino ziguezagueante | 3 | 681 | 12/09/2009 - 13:54 | Português | |
Poesia/Geral | As sendas x Os golpes de martelo | 5 | 944 | 12/08/2009 - 15:47 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Arranhão do gozo | 2 | 2.154 | 11/29/2009 - 05:42 | Português | |
Poesia/Geral | Notícia (Ode a Foz do Iguaçu) | 5 | 1.236 | 11/27/2009 - 04:39 | Português | |
Poesia/Intervenção | Sociedade Morta | 4 | 1.049 | 11/20/2009 - 23:42 | Português | |
Poesia/Amor | Equilíbrio | 8 | 1.045 | 11/17/2009 - 20:31 | Português | |
Poesia/Intervenção | Os moinhos do norte | 4 | 970 | 11/17/2009 - 20:03 | Português |
Comentários
Re: Só, sem chance
Que o asfalto do tempo não traga lamentações...
E caroços de azeitona germinem sob forma de vida, espantando defuntos...
Abraço.
Vitor.
Re: Só, sem chance
Caroços não são como defuntos, defuntos assustam, azeitona que dá cria aos caroços e em suas mortes não põe medo algum.
Olá Adriano,
Um texto para pensar, e repensar a vida que está por detrás das sombras que criamos, indo de encontro á vida.
Gostai da analogia que criou através das oliveiras e por sua vez a azeitonas, sagrando a vida
beijo
Matilde D'Ônix
Re: Só, sem chance
Como sentir o inanimado amor no meio do caos...
Que laços ebrios cospem caroços de vida indiferente, marcando o dorso e o espirito de pedaços de vida invisivel...
Grande em tudo!!!
Avante com os braços que a tinta lhe escorre como sangue e como vida!!!
Abraço!