CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Tó Ninho
Envernizou as unhas e pôs sal no café.
O dia estava frio, vestiu o mais fresco e leve vestido, calçou as sandálias de plástico, pegou no guarda-chuva da prima e, claro, três maços de tabaco.
O filho ficou em casa com o Tó Ninho, que é o canário - um bom bicho - e toma conta de crianças. A lua já ía alta quando regressou a casa. O Tó Ninho não se encontrava no sítio habitual. Na casa-de-banho encontrara meia dúzia de penas amarelas espalhadas pela concavidade do lavatório e pela sanita. O Tó Ninho raramente vai à casa-de-banho ! Dirigiu-se à cozinha, entretanto o Tó Ninho chamara-a do quarto do filho. Foi a correr, descalçou as sandálias de plástico e encontrou o filho com a cabeça do Tó Ninho enfiada pela goela abaixo do boneco de peluche. Lançou um imenso grito em direcção ao filho, pegou no Tó Ninho cuidadosamente, este suspirou de alívio enquanto o filho exclamava baixinho " hei de matal-te…….gande túpido…." Agarrou o filho pelas duas orelhas ao mesmo tempo, lavou-lhe as fuças com lixívia, encheu-lhe a boca e as glândulas salivares com sopa de legumes e meteu-o na casa-de-banho às escuras. O Tó Ninho do outro lado da porta " é bem feita minha grande besta-quadrada! " De manhã cedo o filho ainda se encontrava na casa-de-banho. Estava deitado na banheira, com auscultadores nos ouvidos e uma pena amarela do Tó Ninho na boca. Levou-o para o quarto e lá o deixou….
Envernizou as unhas e pôs açúcar nos ovos.
O dia estava quente, vestiu o mais quente vestido, calçou as botas de neve da irmã, o impermeável vermelho, e claro, três maços de tabaco.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 590 leituras
Add comment
other contents of Benedita
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Videos/Perfil | 969 | 0 | 2.405 | 11/24/2010 - 22:07 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 3497 | 0 | 3.132 | 11/23/2010 - 23:54 | Português |
Prosas/Pensamentos | Muitos Cavalos | 0 | 2.158 | 11/18/2010 - 23:03 | Português | |
Prosas/Tristeza | Pascola | 0 | 2.285 | 11/18/2010 - 23:03 | Português | |
Prosas/Contos | O Prédio | 0 | 1.931 | 11/18/2010 - 23:03 | Português | |
Prosas/Contos | O Joel Disse | 0 | 1.743 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | As Outras | 0 | 2.359 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Contra-Não | 0 | 2.022 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Mulheres Baixas | 0 | 2.118 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Fumo ou Vapor? | 0 | 1.710 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Soraya | 0 | 2.143 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Hiper Activo | 0 | 1.838 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Dia dos Namorados | 0 | 1.643 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Despedida | 0 | 1.820 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | Que dia é Hoje? | 0 | 1.335 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Prosas/Contos | A"S"sombra | 0 | 1.768 | 11/18/2010 - 23:02 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Lantejoulas | 2 | 1.518 | 04/01/2010 - 18:20 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Idoso Criminoso | 3 | 1.654 | 04/01/2010 - 17:16 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Paredes do Miocárdio | 2 | 1.697 | 04/01/2010 - 17:12 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A Parte de Trás do Meu Cão | 3 | 1.355 | 03/30/2010 - 16:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Cavalheira | 4 | 1.763 | 03/30/2010 - 16:18 | Português | |
Poesia/Pensamentos | És Cólica | 1 | 1.964 | 03/27/2010 - 16:39 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Torre de Controlo | 1 | 1.789 | 03/27/2010 - 16:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Ninho | 1 | 1.629 | 03/27/2010 - 16:35 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Morte Lenta | 4 | 1.583 | 03/26/2010 - 15:30 | Português |
Comentários
Re: Tó Ninho
Maravilhoso!
Lembrei-me no ato do deesfecho daquela nossa semelhança "estranha"...
Bom ler-te, querida Benedita!
Escreva mais e além!
Abraços, Robson!