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Um destroçado sorriso

A vida escreve coisas estranhas em nossas almas.

Seu espectro retorna e sempre me assombra
Já que seu corpo disse o que o meu corpo queria saber.

Encontrar o que sempre procuramos e dizer adeus
É o mesmo que querer suicídio
E suicido a cada hora então,
Só que a dor é maior
Quando estamos mortos e caminhamos
Pelo trilho da impossibilidade.

Seu olhar levantou a manhã
Eu sou a noite desequilibrada
Que sente a dor pungente
Do sol da separação.

És algum encanto no sabor dos lábios.
Sinto sede de sua pele e de sua boca,
De sua voz e de seus pensamentos,
Nunca mais olharei para alguém sem antes
Ter-te a perturbar-me o espírito

Caminhas pelo meio dia triste
E pelo sol que não arrancas-te mais risos.

Ainda estou nas trevas e tentando criar o inferno
Enforcando dias e noites
Gritando para alguma nuvem
Sacrificando alguma lembrança
Amando apenas minha dor
Meu minuto meu velório
Minha vida meu sacrifício.

Mas levo algum sonho tentando arrebentar a noite e o meu sono
Na tentativa de transportar-te
Para o meu cínico sorriso novamente.

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 19:06

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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