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Um destroçado sorriso
A vida escreve coisas estranhas em nossas almas.
Seu espectro retorna e sempre me assombra
Já que seu corpo disse o que o meu corpo queria saber.
Encontrar o que sempre procuramos e dizer adeus
É o mesmo que querer suicídio
E suicido a cada hora então,
Só que a dor é maior
Quando estamos mortos e caminhamos
Pelo trilho da impossibilidade.
Seu olhar levantou a manhã
Eu sou a noite desequilibrada
Que sente a dor pungente
Do sol da separação.
És algum encanto no sabor dos lábios.
Sinto sede de sua pele e de sua boca,
De sua voz e de seus pensamentos,
Nunca mais olharei para alguém sem antes
Ter-te a perturbar-me o espírito
Caminhas pelo meio dia triste
E pelo sol que não arrancas-te mais risos.
Ainda estou nas trevas e tentando criar o inferno
Enforcando dias e noites
Gritando para alguma nuvem
Sacrificando alguma lembrança
Amando apenas minha dor
Meu minuto meu velório
Minha vida meu sacrifício.
Mas levo algum sonho tentando arrebentar a noite e o meu sono
Na tentativa de transportar-te
Para o meu cínico sorriso novamente.
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Ministério da Poesia :
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