morte lenta
MORTE LENTA
Rebuçados na boca seca
E àvida
não me adoçam
E meu hálito é de amargura
Nem o mar solto
me
Conduz deste estado
Não acreditando em amanhã
Verificando os sins que nada
São
Tudo nos oferecem
Mas pouco nos dão
Apetece.me desitir
Da velhice abraçar
Entrando num asilo
comendo a horas, vendo televisão,
correndo para a morte
num mar chão
onde não sei nadar.
E nada deixo aos que me amaram
Nem fotos, nem livros
Só poemas dispersos não publicados
Esta é a sombra é verdade
Só me resta vestir
Uma farda de prisioneiro
E nunca mais cantar.
Sintra-2012
Submited by
Thursday, August 30, 2012 - 15:28
Poesia :
- Login to post comments
- 431 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of António Leite de Magalhães
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Disillusion | relatório | 0 | 398 | 09/07/2012 - 16:15 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Intervention | O AMOR NA PONTA DA ESPINGARDAAMOR NA PONTA DE UMA ESPINGARDA RELATO DA GUEERA COLONIAL NA GUINÉ POR UM FILHO DE BISSAU António Leite de Magalhães-Sintra-2012 Sintra-2012-Portugal Nascido em Bissau África sob sol escaldante Junto às bol | 0 | 4.378 | 09/07/2012 - 01:17 | English | |
Ministério da Poesia/Erotic | SONS DE NONATA | 0 | 1.046 | 09/05/2012 - 16:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Erotic | SONS DE NONATA | 0 | 946 | 09/05/2012 - 16:16 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | morte lenta | 3 | 431 | 09/04/2012 - 17:27 | Portuguese | |
Poesia/General | POEMAS SECOS | 0 | 546 | 09/03/2012 - 17:21 | Portuguese | |
Poesia/General | PALAVRAS QUENTES EM MOMENTOS QUENTES | 0 | 978 | 09/03/2012 - 16:52 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Erotic | POEMAS SECOS | 0 | 935 | 08/30/2012 - 23:11 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Erotic | POEMAS SECOS | 0 | 1.646 | 08/30/2012 - 23:10 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | EROS | 0 | 562 | 08/30/2012 - 23:01 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | HOJE REFORMADO | 0 | 627 | 07/14/2012 - 18:54 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Maria de Salvador | 1 | 530 | 07/13/2012 - 22:53 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | ONDE HÁ LIBERDADE? | 1 | 433 | 07/13/2012 - 13:51 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | MAR E AMOR | 0 | 439 | 07/11/2012 - 23:48 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | POETA DE MIM | 0 | 403 | 07/10/2012 - 18:52 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | POETA DE MIM | 0 | 515 | 07/10/2012 - 17:41 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | PSICOSE? | 3 | 479 | 07/10/2012 - 08:57 | Portuguese | |
Poesia/Love | acto de amor | 0 | 462 | 07/09/2012 - 14:03 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Profile | POETA DE MIM | 2 | 1.340 | 07/09/2012 - 13:21 | Portuguese |
Poesia/Disillusion | POEMAS SECOS | 1 | 552 | 07/09/2012 - 07:47 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Profile | POETA DE MIM | 0 | 358 | 07/09/2012 - 00:32 | Portuguese |
Comments
Vivemos uma época de
Vivemos uma época de sensações agridoces,
mas na verdade tudo possui uma essência muito amarga.
Gente sem escrúpulos tomou conta do planeta
- Resta-nos sonhos & poesia.
Saudações desde as Caldas da Rainha!
_Abilio
Morte lenta... desde o
Morte lenta... desde o princípio dela, da vida.
Desgraça parece residir no "horizonte de eventos": quanto mais eminente mais rápida, mais intensa, parece não nos deixar nada nem deixar nada para trás. Contudo apenas parece-me: apenas começando a minha lida, vislumbro ao longe tudo isto...
Gostei do teu verso, António.
Saudações,
Adolfo ((:
Afolfo
meus poemas são escritos a quente sofrem o sopro da Verdade que sempre procurei, não como Fé, mas como motivo militante da Paz, da igualdade e, sobretudo, da Mulheres, que amo como Musas, pois elas ainda existem neste Mundo realmente desmantelado,de valores e consciências.
Tento permanecer Homem e Mente, são para uns más para outros, mas nunca fugirei a minha coerência