Entre o negro

Vagueio na escuridão

Aparentemente movo-me sem razão.

Até que oiço uma voz a chamar por mim,

Procuro uma face, um outro ressoar,

Mas aquela suavidade dsconhecida dispersa-se.

Sinto-me sozinha por instantes,

Perdida do mundo, perdida de mim.

Um outro balbuciar de palavras aconchega-me.

Um bater de coração ardente

Quase que sinto o seu calor,

No entanto, continuo a ver nada e a ouvir tudo.

O meu nome soa por entre o cenário preto que me rodeia.

Quem me chama? Não faço ideia.

Ressalto com as mãos que contornam o meu corpo,

Uma respiração que percorre os meus lábios

E uma lágrima que me cai sobre a mão.

O bater dese musculo poderoso atrasa e extingue-se,

Aquelas mãos despegam-se de mim

E aquele suspirar recua e acaba em abafo.

Quem és? Pergunto eu que não sei quem sou.