Com a mesa encostada aos lábios…

Com a mesa encostada aos lábios,
O silêncio obedeceu aos meus trapos,
Trata-se apenas de usar chapéu,
Para que a solidão nos não nos meça,

Obliteramos nas mãos gestos banais,
Conciliamos silêncios e baraços,
Com embaraçados nós de caules flores,
Construtores de janelas de um só vidro,

Inexpugnável à condição de bala, besta
Geração, palha atalho, sem rastilho
Gentalha, sem sonhos é a soma
Do cérebro à regra da esquizofrenia

Congénita, réu da solidão, absolvo-te
Broca indubitável, conceito, consciência
Do falhanço, da arte de perecer,
Segues o teu caminho sem parecer

Seguires estelas, astros e o que te envolve
Do Inexplicável pertencer ao chão de Gaia,
Numa sala de estar arrumo d’vasilhame,
Com a mesa encostada aos lábios,

Não obedece aos maus-tratos a natureza
Morta, nem a Faia. Folha, a felosa veloz,
Estela mar, nebulosa sem paz, nem norte,
Nós

Joel Matos (01/2015)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

Viernes, Febrero 23, 2018 - 16:15

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 1 día 21 horas
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 43158

Comentarios

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

,

,

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Água turva e limpa 28 362 12/11/2025 - 21:26 Portuguese
Poesia/General Escrever é pra mim outra coisa 26 596 12/11/2025 - 21:24 Portuguese
Ministério da Poesia/General Mãos que incendeiam sóis, 18 211 12/11/2025 - 21:23 Portuguese
Poesia/General A morte tempera-se a frio 18 218 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Atrai-me o medo 33 305 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Não sendo águas 23 138 12/11/2025 - 21:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Nunca fiz senão sonhar 27 340 12/11/2025 - 21:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Ser Português 29 314 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sou homem de pouca fé, 25 334 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Às vezes vejo o passar do tempo, 19 240 12/11/2025 - 21:17 Portuguese
Ministério da Poesia/General Meia hora triste 19 110 12/11/2025 - 21:16 Portuguese
Ministério da Poesia/General Não fosse eu poesia, 24 273 12/11/2025 - 21:15 Portuguese
Ministério da Poesia/General No meu espírito chove sempre, 27 244 12/11/2025 - 21:13 Portuguese
Ministério da Poesia/General Salvo erro 19 139 12/11/2025 - 21:13 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sal Marinho, lágrimas de mar. 23 130 12/11/2025 - 21:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General O sonho de Platão ou a justificação do mundo 20 281 12/11/2025 - 21:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General Horror Vacui 34 643 12/11/2025 - 21:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Dramatis Personae 20 187 12/11/2025 - 21:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Adiado “sine die” 20 138 12/11/2025 - 21:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Umano, Troppo umano” 21 143 12/11/2025 - 21:07 Portuguese
Ministério da Poesia/General Durmo onde um rio corre 20 247 12/11/2025 - 21:06 Portuguese
Ministério da Poesia/General Deito-me ao comprido 33 254 12/11/2025 - 21:05 Portuguese
Ministério da Poesia/General Me dói tudo isso 16 298 12/11/2025 - 21:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Ave atque vale” 31 300 12/11/2025 - 21:03 Portuguese
Ministério da Poesia/General Da interpretação ao sonho 23 192 12/11/2025 - 21:02 Portuguese