Por’ti posso ser tudo…

Por’ti, posso ser tudo ou pouco,
Posso ser o tal ser ou vulgar saco,
Posso levar o que não acarretei
E o que esqueci de sonhar, nem sei,
Se trouxe ou consumi,

Pra que a esperança se não me acabe,
Já que sensação de a ter, no meu bolso
Não cabe. Pra’ti, posso ser tudo,
Invisível ou puro empecilho,
Ter caído ao nascer

Causa de suicídio, vasilha,
Teu chão com meu brilho,
Mas não sou tudo, nem ninguém,
Sou, -a desfavor de mim mesmo-,
Catastroficamente incómodo,

E isso a mim, sim; a mim me dói,
Mais que tudo o que possa doer,
No lote que deixo, meu sem ter
Natural semelhante ou igual,
Pra que me consiga explicar e a sorte,

Se soubesse compreender a natureza
Explicaria a justeza de mim
O Cristo, soubesse ele porque existo,
Tão longe dessa natureza eleita,
Que consinto mas não habito,

Que sou, mas estou tão disto
Porque pra ti podendo ser muito,
Pra mim é igual a tão pouco,
Por isso vivo justo o que preciso, na pensão,
Entre a lida fama e o ciente que não…

Joel matos (12/2014)

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Viernes, Febrero 23, 2018 - 16:37

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