Sem nome

Somente nisto, se converteu o alvoroço
Do meu pensamento sem franquia, nem magia.
Ele, que prometeu, eu ser seu aprendiz de feiticeiro, bruxo
Converteu-me naquele “que se cospe no prato”

Da sopa, o fraco e frouxo, qual às vezes me pergunta
Com tom esquisito, na voz – “como me chamo”
Como se não tivesse eu a raça má na testa
Escarrapachada em tristeza e desânimo

Todas as lantejoulas que jurava eu nesta terra
Chamejavam, não passam de adornos
Com que me trasvisto, mais por dentro que por fora,
Coisa que faço para me tornar igual a tantos e outros.

Qual talento ou dom, nem por sobrenome
Os quero, dêem-me o silencio da escrita
Que mesmo débil sim, me consome,
Sem magia branca porque não a faço, sem cota-

-Parte de divino que não tenho, nem conjuro
Tantos sonhos, tantos, juntos súbito feitos resto 0
De uma Cruz de cristo torneada, derreada porta.
Não ambiciono ser poeta se poeta nem do louro

Perto ou certo estou, nem de quem em vão me sopra
Tantos versos ao ouvido, “meu Mestre na fantasia”
Bastava ver rosas e beber vinho para explicar
O mundo a um incrédulo sem consciência nem nome.

Somente isto permaneceu, do desassossego Dele.

Joel matos (09/2014)

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Viernes, Febrero 23, 2018 - 19:27

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