Percas, Carpas …
Percas, Carpas …
Não as distinguiam do ind’agora, do ontem
Numa febre ligeira, chamavam-lhes de
Graças, milagres ou planícies fora da alma
E aos sentimentos, o que não tememos,
“A apologia de um lugar quiescente”,
Lá fora as Carpas mais se pareciam
Lírios longitudinais, mas presentes e
Legítimas como tudo o mais, pardilhos,
Percas da minha loucura, luar de quem
Se perdeu nalgum tempo, não eu
Embora doendo que seja, fui eu mesmo
Acontecendo “sine-die”, sem honra,
Não me destruiu a diáspora na Terra
Que liga a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo tal como uma vespa
Ou o delírio do vazio que me brada
E o vento ao cerzir nos ares a minha
Angústia parda e quieta, absurda
E líquida. Aconteço por segmentos
Como quando se viaja sozinho sob
O branco cinza do céu a quem chamo
De profecia quando o estou vendo,
Prevejo nem tanto, tampouco de fora
Como nos vemos, sonhos e memórias
Que repousam onde antes Reis, Reinos
E Rainhas de olhos esverdeados, carpas …
Percas, enguias, focas.
Jorge Santos (04 Janeiro 2025)
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 108 reads
Add comment
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Percas, Carpas … | 12 | 108 | 02/12/2025 - 09:38 | Portuguese | |
Poesia/General | Entreguei-me a quem eu era | 5 | 103 | 02/11/2025 - 18:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tomara poder tocar-lhes, | 12 | 89 | 02/11/2025 - 17:58 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Duvido do que sei, | 9 | 51 | 02/11/2025 - 17:56 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Recordo a papel de seda | 6 | 97 | 02/11/2025 - 17:38 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Pois que vida não tem alma | 20 | 105 | 02/11/2025 - 17:37 | Portuguese | |
Poesia/General | Não existo senão por’gora … | 0 | 142 | 02/11/2025 - 17:25 | Portuguese | |
Poesia/General | Cedo serei eu | 0 | 175 | 02/11/2025 - 17:23 | Portuguese | |
Poesia/General | Pra lá do crepúsculo | 30 | 3.634 | 03/06/2024 - 11:12 | Portuguese | |
Poesia/General | Por onde passo não há s’trada. | 30 | 4.324 | 02/18/2024 - 20:21 | Portuguese | |
Poesia/General | Sonhei-me sonhando, | 17 | 5.160 | 02/12/2024 - 16:06 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A alegria que eu tinha | 23 | 5.788 | 12/11/2023 - 20:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Notas de um velho nojento | 7 | 3.544 | 12/06/2023 - 21:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | (Creio apenas no que sinto) | 17 | 2.599 | 12/02/2023 - 10:12 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Vamos falar de mapas | 15 | 8.406 | 11/30/2023 - 11:20 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | São como nossas as lágrimas | 9 | 1.769 | 11/28/2023 - 11:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Entrego-me a quem eu era, | 28 | 3.801 | 11/28/2023 - 10:47 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O Homem é um animal “púbico” | 11 | 5.357 | 11/26/2023 - 18:59 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A essência do uso é o abuso, | 1 | 4.452 | 11/25/2023 - 11:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Insha’Allah | 2 | 2.770 | 11/24/2023 - 12:43 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | No meu espírito chove sempre, | 12 | 2.501 | 11/24/2023 - 12:42 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Os destinos mil de mim mesmo. | 21 | 7.555 | 11/24/2023 - 12:42 | Portuguese | |
Poesia/General | “Daqui-a-nada” | 20 | 5.176 | 11/24/2023 - 11:17 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Cada passo que dou | 0 | 2.733 | 11/24/2023 - 09:27 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Quem sou … | 0 | 3.329 | 11/24/2023 - 09:26 | Portuguese |
Comentarios
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo
a mim tudo o que o vento Traz
a mim tudo o que o vento
Traz de cinzento e ambíguo nas várias
Viagens que faz até ao fim e eu mudo,
Ignorando tudo