furioso Inverno

OUTONO

Furioso, Odin levanta a vara que o ampara

E lança o feitiço apontando o espaço

O ar cresce de negro, rastilha o trovejar disparando raios

Em todas as direcções, às cegas.

Nas pregas da serra arde a urze e ilumina a cena

Que orquestra o mago.

Na recôndita vila maldita cantam os galos pretos

A lenha crepita e irrita os olhos defumados

E ajeitam-se os alhos em galhos e varais nos vãos portais.

PRIMAVERA

Amainado o vento, Odin pousa a vara que o ampara

Faz refulgir os pântanos infectos, derrota os vândalos

E os profetas da desgraça, dá asas alegres às borboletas

Harmonia às trombetas de guerra.

No castelo de Montsegur ressuscitam os bonshomens

Tudo é verde no mundo dos Cátaros

Odin regressou no ramo verde e no rumo dos bravos, dos pássaros e dos patos

Que grasnam e voltam sempre ano a-seguir a ano.

Pr’a ficar furioso de novo no Outono

JORGE SANTOS

Submited by

Lunes, Diciembre 21, 2009 - 13:00

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 días 19 horas
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 43158

Comentarios

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Água turva e limpa 28 369 12/11/2025 - 21:26 Portuguese
Poesia/General Escrever é pra mim outra coisa 26 609 12/11/2025 - 21:24 Portuguese
Ministério da Poesia/General Mãos que incendeiam sóis, 18 222 12/11/2025 - 21:23 Portuguese
Poesia/General A morte tempera-se a frio 18 227 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Atrai-me o medo 33 316 12/11/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Não sendo águas 23 138 12/11/2025 - 21:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Nunca fiz senão sonhar 27 344 12/11/2025 - 21:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Ser Português 29 316 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sou homem de pouca fé, 25 340 12/11/2025 - 21:18 Portuguese
Ministério da Poesia/General Às vezes vejo o passar do tempo, 19 252 12/11/2025 - 21:17 Portuguese
Ministério da Poesia/General Meia hora triste 19 111 12/11/2025 - 21:16 Portuguese
Ministério da Poesia/General Não fosse eu poesia, 24 288 12/11/2025 - 21:15 Portuguese
Ministério da Poesia/General No meu espírito chove sempre, 27 249 12/11/2025 - 21:13 Portuguese
Ministério da Poesia/General Salvo erro 19 149 12/11/2025 - 21:13 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sal Marinho, lágrimas de mar. 23 137 12/11/2025 - 21:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General O sonho de Platão ou a justificação do mundo 20 328 12/11/2025 - 21:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General Horror Vacui 34 655 12/11/2025 - 21:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Dramatis Personae 20 200 12/11/2025 - 21:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Adiado “sine die” 20 141 12/11/2025 - 21:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Umano, Troppo umano” 21 143 12/11/2025 - 21:07 Portuguese
Ministério da Poesia/General Durmo onde um rio corre 20 249 12/11/2025 - 21:06 Portuguese
Ministério da Poesia/General Deito-me ao comprido 33 259 12/11/2025 - 21:05 Portuguese
Ministério da Poesia/General Me dói tudo isso 16 317 12/11/2025 - 21:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Ave atque vale” 31 330 12/11/2025 - 21:03 Portuguese
Ministério da Poesia/General Da interpretação ao sonho 23 198 12/11/2025 - 21:02 Portuguese