A MENSAGEM DA NOBRE ÁRVORE

Quem fui, antes de ser o que eu era
A pequena sementinha fui lançada
Já na entrada da primavera
Dentro da terra eu fui gerada
Na infância, como broto cresci
E aos poucos fui me fazendo
Na adolescência tão bela floresci
E tão depressa os frutos aparecendo
No vigor da idade, galhos e flores
Fiquei gigante e bem vistosa
Entre o arvoredo quantos amores
Entre todas a mais formosa
E assim fui feliz por muito tempo
Até que o malvado homem me achou
Com o machado cortou meus sentimentos
A minha vitalidade para sempre levou
Pensei, qual seria o meu destino agora
Sem flores folhas e frutos, apenas madeiro
Entre os troncos e galhos a alma chora
Jogado ao canto ou as mãos do carpinteiro
Há muito tempo jogado e esquecido
Até me acharem algum dia
Ao madeireiro serei vendido
Em madeiras se tornar na serraria
Bela entre os verdes, agora espera de quem queira
Será minha casa aquela marcenaria
Espero na bela mansão ser como cadeira
Ao escritório como escrivania
Ou serei a tão bela cama
Dos ricos e importantes
Estarei na penteadeira da dama
Ou na mesa de altos representantes
Tal foi a minha surpresa
Quando senti o reflexo da luz
Não seria cadeira penteadeira ou mesa
E sim me transformaram numa cruz
E agora o que farão comigo
Oh homens de tanta maldade
Foi para crucificar meu melhor amigo
Inocente, qual ato de crueldade
Senhor não era isto o que eu queria
Em mim ver seu sangue derramado
Ser eu testemunha de tal covardia
Dói em mim cada prego que é pregado
Em mim morreu Jesus o inocente
Sou a cruz, que jamais queria ser
Mais o sangue que jorrou foi a semente
Mais produtiva que veio nascer

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Lunes, Febrero 21, 2011 - 13:29

Ministério da Poesia :

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VERGINIA CARDOSO

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