CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
22
As árvores não deixam ver a floresta.
As flores só existem na nossa imaginação.
Basta ter abeça pra usar coroa –
pra conquistar uma coroa há que se usar a cabeça!
Nunca despreze a razão:
com um pouco de sorte
ela pode indicar as alternativas ideais;
pelo menos, essa é a ideia.
Arte e Ciência –
como fundi-las
sem confundi-las?
Razão e Tesão –
nisso o fascinante da coisa,
poder ser o espectador e o expectador
de todo esse espetáculo…
Ciência e Tecnologia
podem aprimorar o mundo –
se a Arte e a Filosofia
aprimorarem antes
o cientista e o tecnólogo…
O resto é ilusão de Ética!
A humanidade é uma ideia
que não saiu do papel –
o homem não está pronto para ela,
ainda é demasiado humano…
Aliás, o homem nunca está pronto –
defeito ou milagre?
Pronto! De novo
a ciência engana o bobo!
Ouvi, porcos de espírito!
O homem ainda não é humano
enquanto não prestigiou
a construção de um ninho,
enquanto ainda não pagou um pau
pr’aquela arquitetura
eufórica, exata, trivial.
Desde o comecinho – e ficou só filmando.
Dia após dia, semana após semana,
mais de mês.
Só assim, talvez,
se aprenda a fé –
só com muita fé para fazer
aquelas ninharias
se erguerem ninho,
com inho maiúsculo.
Mó barato, meu caro.
Mó tesão, tá ligado?
Então se liga –
fazer ninho
é a punheta
do passarinho!
Pode parecer coisa de criança,
mas é importante demais
para não se sedimentar
em algum lugar
do alicerce de um homem.
Diga-se, de passagem,
um rito de travessia.
O menino tem que morrer
pra renascer no homem.
E só nos tornamos adultos
para conseguir entender
que a criança que subsiste em nós
é a única coisa que vale a pena.
Sei que você me entende,
mas entender ainda é manter
uma distância segura demais.
Tá me ouvindo? Ô de casa!
Tem alguém aí? Alô! Quem fala?
O que quer? Houve o quê? Não quer dizer?
Quem não fala o que quer dizer,
significa o contrário
do que isto é ou seja.
Melhor dizendo,
quem fala pelos cotovelos,
fala besteira sem querer,
até o que não quer dizer nada.
Quem não tem boca pra nada,
diz amém pra tudo!
Fica o dito cujo pelo assim dizer.
Fica por dizer o edito efeito.
Como causas tais defeitos?
Tá ciente disso?
Pena é que nenhuma
objeção ao pessimismo
sirva de argumento contra a tristeza…
Passando mal, meu bem?
Pé em deus –
prepare-se agora para a mais ALTA AJUDA.
Vou te explicar tudo, tintim por tantão.
Vou te dar esse boi,
mas você vai ter que pegar à unha!
Viver é o gesto
solitário por excelente –
seu imperativo categórico
é a plenitude.
O homem não consegue
fazer cócegas em si mesmo,
donde se conclui que ele é
um animal político.
O sorriso é a menor
distância entre duas bocas.
Para acertar no coração, mire nos olhos –
pelo menos não estraga o couro.
Não perde a cabeça
quem é cabeça feita – FAÇA A SUA!
Aposte nos seus sonhos:
jogue no bicho!
Criado na beira do brejo,
perder ponto pra sapo?
Criado no calçadão, pisar em chiclete?
Criado na gabiroba, comer marolo?
Pra ganhar a vida, se matar de trabalhar?
Fazer de morto pra comer o do coveiro?
Sou eu quem bebe e o mundo é que gira?
Chuva de canivetes, pelo menos, não dá goteira!
O TRÁFICO MATA MUITO MAIS QUE AS DROGAS!
Moral é o que o inquisidor invoca
quando não pode apelar para a balança
nem para a espada.
Deixa de ser quadrado, vai de triângulo!
Tudo o que passou já era;
esqueça o que se passou.
Quando o passado
continua amarfanhado,
contrate um bom serviço de lavanderia –
aproveite e lave toda a roupa suja.
Rir a esmo de si mesmo
ainda é a melhor arma
contra os riscos de si mesmo.
Mas se não tem bom senso de humor,
não tente fazer em casa!
Não ter uma arma é uma prisão.
E as prisões capitais são sete:
o Medo, a Culpa, a Vergonha, o Dever,
a Ira, a Ignorância e o Amor,
necessariamente nessa desordem.
Em que pesem todos os apesares,
com todo desprezo que se preze,
há que se desfazer de tantos afazeres
que não fazem a menor deferência!…
Se me permite essa construção,
permita-me o prazer da destruição.
Querer é não poder –
quem nada tem, tudo quer.
Pior o que se faz sem querer –
o inconsciente tem razões que
a Psicanálise desconhece.
Embora método, tem seus descaminhos.
A dúvida é a melhor arma contra a incerteza.
À medida que algumas ideias amadurecem,
outras apodrecem.
Quem não foi salvo pelo dom da Dúvida,
abra bem as pernas!
Nunca é cedo pra terminar
o que nunca é tarde pra começar.
Enrolar a bandeira
é dar muita bandeira.
A História não pára
no intervalo das revoluções!
Não há elos perdidos –
só elos não encontrados.
Abaixo a ficar por baixo!
Plantar pelo menos alguma diversão
nesse oceano de adversões –
pra rir e gozar é só recomeçar!
Se perverter é o oposto de converter,
não há missão mais nobre
a se esperar de um educador.
O individualismo é o que está nos perdendo,
mas só através dele poderemos nos arreganhar…
Não se acha nada de graça,
mas tem coisa que é o mó barato!
Cedo madruga quem cedo trabalha –
deus só ajuda a quem não se atrapalha!
Pra que todo horror
seja nosso néctar
é preciso, primeiro,
que todo horror seja nosso –
engolir cada espinho
desse mar de rosas.
Então pow no so cool!
Uma pedra no meio do caminho
já é meio caminho andado!
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1429 leituras
other contents of MauroBartolomeu
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | asfixia | 0 | 1.085 | 08/06/2011 - 04:56 | Português | |
Poesia/Haikai | sem título | 1 | 898 | 03/29/2011 - 14:19 | Português | |
Poesia/Amor | Contra o Amor | 2 | 1.515 | 03/23/2011 - 14:56 | Português | |
Fotos/ - | MauroBartolomeu | 0 | 1.435 | 03/05/2011 - 00:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 30 | 0 | 1.531 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 6 | 0 | 1.465 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 29 | 0 | 1.534 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 27 | 0 | 1.532 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 28 | 0 | 1.670 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 25 | 0 | 1.565 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 26 | 0 | 1.631 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 24 | 0 | 1.625 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 23 | 0 | 1.591 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 22 | 0 | 1.429 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 20 | 0 | 1.471 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 21 | 0 | 1.398 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 14 | 0 | 1.676 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 15 | 0 | 1.516 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 16 | 0 | 1.396 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | 17 | 0 | 1.585 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Canção | 18 | 0 | 1.726 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 19 | 0 | 1.533 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 8 | 0 | 1.486 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 9 | 0 | 1.540 | 11/19/2010 - 18:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Canção | 10 | 0 | 1.759 | 11/19/2010 - 18:12 | Português |
Add comment