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28
Da dose à sobredose
a distância entre viver
e deixar de viver!
Onde a desmedida exata,
se não se pode conhecer o limite
antes de tê-lo ultrapassado?
Quem pode calcular a distância
entre o céu e o inferno
se um acaba dentro do outro?
Na dúvida, entra de sola,
de peito aberto,
armado até a dentadura.
De corpo fechado pra balaço,
ou que nem banheiro ocupado:
aos que baterem à porta,
só responda que tem gente!
E não se esqueça que
toda frustração nasce
do sonho de felicidade.
O ministério da norepinefrina adverte:
a felicidade é uma droga
e causa dependência econômica.
A felicidade é um estado de bebida destilada.
Quem não enxerga
que a felicidade
é um pesadelo,
aperte os cintos!
Penso logo: existo?
Um xeque mate teus descartes,
alicie teus alicerces
e afunde teus fundamentos.
Tô aí? Ao perdedor, uma banana.
Chega de espetáculo –
a soma de todos os números
é igual a zero.
O tempo é precioso
mas não é raro:
por toda parte ele corre
o tempo todo.
Se ele é o melhor dos mestres,
por que nenhum discípulo lhe sobrevive?
Todo mestre é bom
para o bom discípulo.
Ato impensado mesmo
é o do rabo da lagartixa,
que continua se contorcendo
depois de decepado! Que error!
Ao perdedor, plantar batatas.
Um raio nunca cai
duas vezes no mesmo lugar,
porque um raio só pode cair
de uma vez por todas.
Só se tem sucesso
na última tentativa –
porque depois
deixa-se de procurá-lo.
Os didatores não são mesmo muito explicantes?
O cérebro é um verdadeiro computador:
só dá pau.
A razão é só uma calculadora
nas mãos do desejo.
QUE SOMAS AFINAL DE CONTOS?
As observações mais profundas
sempre chegam tarde demais
ou somos nós
que quanto mais pensamos
mais afundamos?
Que ausência de espírito!
Ao perdedor, descascar batatas.
Se quem aumenta seu saber
aumenta sua dor, então
essa dor é compreensão.
Pra quem a alegria é esquecer,
felicidade era nunca ter sabido.
O único pecado
contra a Inteligência
é o ignorantismo!
Quando menos se espera
é quando mais se ataca de surpresa.
Não se deixe levar
pela aparente
algaravia dos algarismos –
o parnasianismo não se vence de gravata,
mas com doses regulares
de houaiss na veia poética!
Aprenda a ler o braile, o morse,
o joyce, o desesperanto,
bibliografia básica para o Concurso Público
para Provimento de Cargos da Comarca de Babel!
A causalidade da casualidade:
o caos cósmico (o grilo é nosso).
Eis o xis da quextão,
o tema abortado supra.
A causa da confusão
reside na fusão
de três conceitos de acaso:
como ausência de fim,
como ausência de causa,
como ignorância da causa.
O ópio obnubilante.
O óbvio do borogodóbvio.
As licenciosidades poéticas.
O topos da utopia.
A Música Papular.
A Comissão Pralamentar.
O futuro promissório.
O sex sufrágio universal.
A estátua da libertynagem.
O supra-consumo, o nequepluzultra,
o plun-que-te-plá-que-te-zum.
Imposições sexuais.
O risco de vida.
Bombas de efeito moral e cívico.
O espírito de corpo
dos espíritos de porco.
Sujeito sem oração.
Grunde-unde-Abgrunde –
catibiribunde - saramacutunde - fifirififunde –
tese, antítese, catátese!
Estrofe, antístrofe, catástrofe –
esse soneto não se emenda!
Panos quentes rápido!
O evo no ovo, o ovo de Eva: uma ova!
O mito do eterno retorno
ou o eterno retorno do mito?
Ruído branco ou sinal de fumaça?
Fróide explica –
o que explica Fróide?
Ser preciso é preciso?
Essas pistas – pegadas ou pegadinha?
Pegar ou largar?
Largato? Boborleta? Cocrodilo?
Como viviam as traças
antes dos livros?
Os ratos antes dos esgotos?
As baratas antes da cozinha moderna?
Quem ama o feio? Quem bonito lhe aparece?
Quem dá aos pobres? Quem diz o que quer?
Que quer dizer? Quem coisa em si?
O que fazer? E o que vem a ser o Ser?
O que o Ente deixa de ser?
Deixa de ser chato, meu!
O ente é o que é,
posto que nada pode ser o que não é.
E o que é o que é?
O que é É O QUE HÁ,
e o que há É O BICHO!
Quanto tempo leva o tempo
pra levar o tempo todo embora?
Onde ficará Nenhures?
Quantos noves fora nada?
Insisto, logo existo.
Quem procura, acha
que pode encontrar.
O paradoxo é haver
quem pense no paradoxo
e continue tão ortodoxo.
Não trema diante
de abreves e estranheirismos –
½ pala basta pra morrer pela boca!
Leu, não entendeu, pau comeu!
Capta-me ou te decapito!
Captura-me ou te decodifico!
Tinha uma roseta no meio da charada:
um chute matou a esfinge!
Injete, doutor,
por favor,
a SOLUÇÃO.
(…)
Bateu!!!
Desato o tris
da questão essencial –
tchubi or nó tchubi?
DEAD IS THE QUESTION!
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