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Agonia

O manto escurece por sobre o canto amargo
Uma nota breve na penumbra
Bico caído, penas desmaiadas no campo largo
Rouxinol de oiro num campo de sombra

Se a noite for breve é possível viver
A ave canta não é ainda escombro
Se a noite for breve…ele não quer morrer
Rouxinol de oiro num campo de sombra

Mais cantaria não fosse tão curta a vela
Mas sob a pena loira a força tomba
Num último alento uma área bela
Rouxinol de oiro num campo de sombra

Vigília incerta e fria
Não pode mais lutar a ave cansada
O bico caiu enquanto a lua morria
Rouxinol de oiro no alto da madrugada.

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segunda-feira, março 28, 2011 - 10:39

Ministério da Poesia :

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Maria Jose Mouraz

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